Catarata – Não são apenas os idosos que podem ter

terceira idade

Foto: Corbis

Definida como uma opacidade do cristalino, que altera ou bloqueia a passagem dos raios de luz em direção à retina, interferindo, claro, na visão, a catarata atinge hoje pelo menos uma em cada quatro pessoas acima dos 60 anos, chegando a cerca de 75% delas após os 70 anos.

O cristalino do olho é uma lente normalmente transparente, que se situa exatamente atrás da iris e da pupila. A catarata não é uma película que cresce em frente do cristalino, mas uma opacidade do próprio cristalino. A perda da transparência do cristalino é devida alterações físicas e químicas que causam a catarata. A alteração ocular é caracterizada pelo esbranquiçamento gradual da pupila devida a esta opacificação do cristalino, responsável pela formação das imagens, que aos poucos compromete a nitidez da visão, até sua perda total. A cirurgia da catarata evoluiu muito ao longo do tempo e, hoje, especialistas explicam que o procedimento cirúrgico garante retorno total da visão em mais de 98% dos casos.

Renato Longo, diretor do Eye Day Hospital, avalia que o diagnóstico precoce da catarata aumenta as chances de retorno da visão. “No início da lesão a pessoa enxerga objetos embaçados e, com a gravidade do quadro, passa a visualizar apenas “vultos”, explica Renato. Consultas oftalmológicas devem ser realizadas com frequência, principalmente em idosos – já que a catarata senil aparece devido a causas naturais de envelhecimento do corpo.

De acordo com pesquisas, cerca de 40% dos cegos no Brasil não enxergam devido à catarata. O desenvolvimento das tecnologias tem contribuído muito rapidamente para que a cirurgia ganhe procedimentos mais seguros, como é o caso do mais avançados equipamentos para facoemulsificação, destinado à remoção da catarata propriamente dita, que permitem realizar a cirurgia por meio de uma mínima incisão na córnea, desta forma com o menor trauma possível para o paciente.

Antigamente a cirurgia era bem mais arriscada, necessitando de internação de alguns dias. Hoje, a cirurgia é realizada em poucos minutos e o paciente tem alta imediata. média. As complicações também são menos frequentes e o pós operatório mais tranquilo.

Sintomas

O reconhecimento dos primeiros sinais da catarata depende de algumas características do paciente, tais como: idade, profissão, e necessidades visuais. Os sintomas variam de acordo com a localização da opacidade inicial do cristalino. Algumas pessoas podem ver duas luzes, ou luzes desfocadas com auréola. Por vezes, a leitura pode até tornar-se mais fácil para a pessoa que tem catarata em início, permitindo, por algum tempo que ela leia sem óculos. No entanto, a visão à distância começará a decrescer. Se a catarata estiver muito avançada, a família ou os amigos da pessoa podem notar um reflexo esbranquiçado ou amarelado na pupila de um, ou de ambos os olhos.

Crianças também correm risco

Mundialmente, a catarata congênita, como é chamada, tem incidência de um caso para cada 250 recém-nascidos. No Brasil, esse tipo da doença é uma das causas mais frequentes de cegueira na infância, responsável por 5,5 a 12% dos casos. Renato Longo explica que a alteração pode ser causada por fatores hereditários ou doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gestação, como rubéola e toxoplasmose.

A catarata congênita, uma das principais causas da cegueira infantil, exige tratamento imediato para evitar a perda da visão. A doença pode ser diagnosticada no pré-natal ou na ocasião do nascimento, por meio do exame do olhinho, obrigatório por lei em todas as maternidades brasileiras. Além de se manifestar no nascimento, a catarata também pode acometer crianças mais velhas, devido a traumas oculares, inflamações dentro do olho (uveítes) e o uso inapropriado de medicamentos corticóides. Apesar de silenciosa, a catarata infantil tem sintomas que podem ser percebidos tanto pela criança quanto pelos pais ou professores. O principal deles é a leucocoria ou reflexo pupilar branco.

Outros sinais são: estrabismo, nistagmo (situação em que o olho apresenta movimentos não coordenados em diversas direções) e microftalmia (olho de tamanho menor que o normal). No caso de suspeita, submeter à criança a uma avaliação médica é importante.

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