8 de maio de 2012 | Estilo de Vida

Coluna humana ainda é a mesma desde os tempos da caverna

Segundo especialista em movimento humano, homem não estava pronto para andar ereto e por isso a coluna exige cuidados especiais

coluna vertebral

Foto: Corbis

Cerca de 36% da população sofre com dores na coluna, é o que aponta um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz. O problema já é considerado a doença crônica mais comum entre os brasileiros. Paulo Gelatti, especialista em movimento humano e treinamento funcional da coluna, afirma que isso tem uma explicação. “Há milhares de anos o homem se locomovia com movimentos semelhantes aos quadrúpedes, e toda sua força era imposta aos braços. A evolução da espécie fez o homem enfrentar a lei da gravidade e assumir uma postura ereta e bípede que lhe permitisse olhar o mundo por um novo prisma e manipular melhor suas ferramentas de caça. Mas, infelizmente, até hoje a coluna não evoluiu para isso. Ainda possuímos uma coluna frágil e cheia de curvas feitas pelo estresse do cotidiano”.

O especialista conta que ao nascer, um bebê possui duas curvaturas em sua coluna, mas que na fase adulta passam a ser quatro por conta dos hábitos adotados e explica que cada movimento realizado no dia a dia pode ajudar ou prejudicar a coluna vertebral. “O homem moderno se acostumou a ser sedentário, a passar horas sentado, mas não sabe que isso sobrecarrega seus discos intervertebrais, o que pode causar a hérnia. Aliás, afirmo sem sombra de dúvidas que uma das doenças desse século será a hérnia de disco lombar e cervical. Para mudar essa realidade, é importante aprender a fortalecer essa estrutura e para isso não existe nada melhor que o treinamento funcional, que usa o próprio corpo humano e a força que ele tem para realizar os exercícios”, completa.

De acordo com Gelatti “Não é à toa que na arquitetura a estrutura que dá suporte à construção chama-se coluna. Ela é que nos dá sustentação. Costumo dizer que de nada adianta um corpo perfeito por fora, mas fraco por dentro”. E foi por isso que ele desenvolveu uma técnica com o objetivo de “blindar” a coluna, como se ela fosse revestida por um colete a prova de balas. “Os movimentos que proponho exigem performance e estimulam a coluna a evoluir para vencer a ação da gravidade a deixando forte. Algumas vezes é necessário até mudanças em móveis da casa ou do escritório, por exemplo, para que a pessoa possa trabalhar com uma postura adequada. Mas é esse conjunto de mudanças que vai trazer mais qualidade de vida e saúde, afastando as dores e doenças que muitas vezes exigem até intervenções cirúrgicas”, finaliza.

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