Como superar?

Especialistas explicam as razões desse efeito no organismo e sugerem formas para resgatar a auto-estima durante a quimioterapia. O dilema da auto-estima não é diferente entre os pacientes. A alopecia, como é chamada a queda de cabelos, é uma reação comum da maior parte dos medicamentos usados para quimioterapia.

A queda começa na primeira ou segunda semana após o início do tratamento, mas, geralmente, é a partir dos dois meses que ela se torna mais pronunciada. O sintoma é a reação adversa mais saliente da quimioterapia e dificilmente não irá acontecer, como é o caso da personagem da novela. A dose e a periodicidade dos ciclos quimioterápicos, bem como suas associações, podem interferir na quantidade de cabelo que irá cair. Como explica a médica oncologista Roberta Bressane, aproximadamente 10% dos folículos capilares estão em fase de repouso quando é realizado o primeiro ciclo da quimioterapia, ocorrendo uma queda incompleta ou mais lenta em alguns casos. “A alopecia é proveniente de dois mecanismos diferentes. Um deles é a interrupção abrupta da mitose celular, que é a divisão das células. As drogas quimioterápicas trabalham prejudicando a mitose e afetando as células de crescimento rápido do cabelo. Outra situação é o processo de aceleração da maturação capilar, causando um envelhecimento precoce dos fios e, por isso, a queda”, resume. Além do cabelo, barbas, sobrancelhas, pelos axilares e pubianos também podem ser acometidos.

Como superar o problema?

O cabelo costuma crescer 1 centímetro ao mês. Os medicamentos usados na quimioterapia afetam a matriz capilar, assim a espessura, cor e simetria do cabelo que surge após o tratamento, podem apresentar um padrão diferente do que a pessoa apresentava anteriormente, como no caso de outro ator global, Reynaldo Gianecchini, que passou recentemente pelo tratamento de um linfoma. Enquanto isso não acontece, cada paciente deve lidar de uma maneira diferente com a reação, como explica a especialista em psico-oncologia Carla Mannino. “Algumas pessoas têm bastante dificuldade neste momento da perda do cabelo e outras não. Isso é revelado somente no momento da convivência com o problema. Por mais que o ser humano tente projetar-se em circunstâncias diversas de vida futura, é impossível saber como se irá passar pela situação”, reflete.
Para a psicóloga, os pacientes devem tratar a alopecia entendendo o significado dessa reação e vivendo um dia de cada vez, inclusive os homens. Para quem achava que a queda de cabelo influenciava apenas pacientes femininos, engana-se. “Os significados da perda estão ligados muito mais à nossa condição humana, de poder, força, etc, do que à questão da feminilidade em si. Obviamente, essa última também está presente, porém muito mais por uma questão social do que emocional”, explica a psicóloga.

Auto-estima é fundamental

Os pacientes em tratamento de quimioterapia podem buscar na informação uma maneira de entender a queda de cabelo e o câncer. O desconhecimento da doença, de seus tratamentos e das consequentes implicações de ambos, podem ser responsáveis pelo sofrimento na angústia do desconhecido. Entender o problema, por isso, pode ser o início do resgate da auto-estima. “Essa busca ajuda o ser humano a viver melhor, sempre. Olhar para quem somos e trabalhar pontos negativos pode ser mais fácil do que conseguir olhar para nosso lado positivo, reconhecendo-o e o valorizando. Quando se faz isso, tudo na vida se dá de forma mais tranquila e eficiente”, aconselha Carla Mannino.

Redação Vida Equilíbrio

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