Dia Mundial do Diabetes: a qualidade de vida depende do controle da doença
Em 14 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Diabetes. A data serve para alertar sobre a importância do controle da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 11 milhões de brasileiros são diabéticos, estima-se que 10% desse total sejam portadores do tipo 1 da doença.
O diabetes tipo 1 geralmente se manifesta na infância e na adolescência, trata-se de uma doença autoimune, para qual ainda não existe prevenção. “Por um motivo desconhecido, o corpo passa a atacar as células produtoras de insulina, as destruindo por completo, como se o organismo estivesse se defendendo de um agente estranho, por isso o diabetes tipo 1 é chamado de autoimune,” explica o Dr. Raphael Liberatore Jr., endocrinologista pediátrico.
A insulina é um hormônio com uma função essencial para a manutenção da vida. Ela ajuda o organismo a consumir a glicose que ingerimos através dos alimentos. Por isso, os portadores do diabetes tipo 1 são dependentes da aplicação diária de insulina, principalmente durante as refeições, quando aumenta a quantidade de glicose no nosso corpo.
Quando mal controlado, o diabetes leva a uma série de outras complicações que envolvem perda da visão, amputações, insuficiência renal etc. Mas com disciplina é possível conviver bem com a doença e evitar essas temidas comorbidades.
“Muitos pais, quando recebem o diagnóstico de diabetes do filho, ficam desesperados, mas não há motivo para isso. O diabetes é uma doença crônica e com o acompanhamento médico adequando, supervisão e educação alimentar a criança vai se desenvolver normalmente. O mais importante é manter os níveis glicêmicos dentro dos limites estabelecidos,” afirma o médico. “A informação é a nossa principal arma contra essa doença. O seu entendimento possibilita um melhor tratamento e controle. É o que basta para evitar problemas no futuro,” complementa.
Sinais de alerta
Os primeiros sintomas do diabetes tipo 1 só aparecem quando quase todas as células-betas, produtoras de insulina, foram eliminadas. Nesse estágio, a criança ou adolescente geralmente apresenta muita sede, urina excessiva e perda de peso.
Um alerta importante para os pais é quando a criança urina constantemente na cama. Mas somente o médico, por meio de exames, pode diagnosticar a doença.