Dicas para aleitamento materno
Na primeira semana de agosto é debatida a importância do aleitamento materno – um ato fundamental tanto para a saúde da mãe quanto para a do bebê. A amamentação natural é capaz de ajudar a evitar a morte de, aproximadamente, um milhão de crianças. Por isso foi decretada um direito pela Organização Mundial da Saúde, em 2009.
“O leite materno é o alimento mais importante nos primeiros meses de vida, pois ajuda a reforçar a imunidade contra doenças infecciosas e alérgicas. Amamentar também ajuda a reforçar os primeiros laços afetivos entre mãe e filho, transmitindo confiança e carinho. Essa troca auxilia no desenvolvimento da inteligência do bebê”, afirma Bruna Murta, nutricionista. Mamar também ajuda a fortalecer a musculatura da face da boca da criança, prevenindo futuros problemas na fala e na oclusão dos dentes.
Para as mães que amamentam, também há diversos benefícios, como a diminuição dos riscos de desenvolvimento de câncer de mama e o auxilio na recuperação do peso normal no pós-parto. “Isso porque a produção de leite gera muito gasto de energia”, pontua a nutricionista.
O período de aleitamento exige cuidados especiais da mãe com a alimentação, que está diretamente relacionada com a qualidade do leite. Por isso, ela deve ser particularmente variada e adequada às necessidades da mulher, para que ela consiga fornecer todos os nutrientes necessários ao bebê.
Mães que amamentam devem evitar cigarro, bebidas alcoólicas, café, chá preto, leite e derivados, alimentos com corante, alimentos light e adoçantes, além de não exagerar em temperos de odor forte, como o alho.
Devem ser inseridos na alimentação da mãe que está amamentando:
– Linhaça e óleo de peixe: fontes de ômega 3, nutriente essencial para o desenvolvimento cerebral e visual. O consumo de fontes de ômega 3 pelas mães contribui para o desenvolvimento cognitivo do bebê, QI mais alto, melhor linguagem e habilidades de comunicação e diminuição das taxas de alergias e asma.
– Frutas vermelhas e roxas (açaí, morango, cereja, amora, mirtilo, cranberry): possuem alto teor de antioxidantes que têm sido relacionados com saúde vascular, da visão e cerebral.
– Probióticos: bactérias benéficas que habitam o intestino, levando ao equilíbrio da microbiota intestinal (flora intestinal). Sabe-se que um intestino saudável, melhora a absorção de nutrientes e ajuda na liberação de toxinas, levando a benefícios para a saúde da mãe e melhorando a qualidade do leite.
– Proteínas: A quantidade de proteínas deve ser consideravelmente aumentada, pois elas atuam na formação de novos tecidos no organismo da gestante, como a placenta, e no desenvolvimento de outros, como o útero e as mamas. Esses nutrientes também participam da formação e do crescimento do bebê. O melhor é variar as fontes de proteína, priorizando as de origem vegetal, como soja, ervilha, lentilha e feijões, frutas oleaginosas (nozes, castanhas, etc.), laticínios. Caso a opção seja as de origem animal, frango orgânico e peixe são melhores sugestões;
– A ingestão de líquidos na forma de água, sucos naturais, água de coco é fundamental para garantir a produção do leite.
– Abacate: fonte de gorduras monoinsaturadas, que são benéficas ao organismo, melhorando a qualidade do leite. Fonte também de luteína, nutrientes importante para a saúde ocular.
– Oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas, pistache): excelentes fontes de gorduras insaturadas, vitaminas e minerais, antioxidantes e proteínas.
O consumo de cereais integrais, leguminosas, frutas, verduras e legumes orgânicos é fundamental para a saúde da mãe e para a qualidade do leite materno, garantindo a saúde do bebê. Devem ser ingeridos em grandes quantidades. É importante fazer pratos sempre muito coloridos;
DICA DA NUTRICIONISTA: fique atenta aos sinais dados pelo bebê. Se observar que ele apresenta cólicas, retire do cardápio, por 2 semanas, alimentos que desconfie que possa estar causando algum mal estar na criança.
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Redação Vida Equilíbrio