Dor na relação sexual

Desconforto durante a relação sexual, sensação de que há uma uma saliência ou abaulamento na vagina e perda involuntária de urina são alguns dos sintomas do prolapso genital, condição que pode atingir duas em cada dez mulheres a partir dos 40 anos. Popularmente conhecido como ‘bexiga caída”, o prolapso genital é caracterizado pela queda da parede da vagina, consequência do enfraquecimento dos músculos da região pélvica, causando o deslocamento de órgãos como útero, bexiga, reto, intestino delgado e uretra. “Existem quatro graus de prolapso. Nos mais graves, a mulher sente uma bola na região genital, que causa enorme desconforto e constrangimento. Mulheres com prolapso passam a evitar seus parceiros, já que, além da vergonha, o ato sexual pode se tornar doloroso. A doença também prejudica a qualidade de vida, uma vez que causa a perda involuntária de urina”, explica a ginecologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e especialista no assunto, Silvia Carramão. Veja abaixo algumas dicas sobre a condição.

Dica 01: Não tenha vergonha de pedir ajuda – Apesar de frequente, muitas mulheres ainda desconhecem o problema. “É comum elas sentirem vergonha de pedir ajuda ou acharem que é normal, consequência da idade. Algumas apenas buscam tratamento quando o prolapso está bastante avançado”, explica.

Dica 02: Fique atenta às condições de risco – O diagnóstico do prolapso é clínico e sua ocorrência está relacionada a múltiplos partos normais ou gravidez, obesidade, menopausa, cirurgias abdominais ou vaginais prévias, envelhecimento e algumas doenças musculares, neurológicos e genéticas.
“Estudos mostram que, a cada década de vida, dobra a chance de a mulher apresentar o prolapso genital, sendo que 11% das mulheres até os 70 anos precisarão de tratamento cirúrgico”, explica.

Dica 03: Conheça os tratamentos – O tratamento varia de acordo com a intensidade. Nos prolapsos mais leves, são indicados exercícios para a região pélvica e, nos casos mais avançados, é necessário o tratamento cirúrgico.

Dica 04: Converse com seu médico – A operação pode ser tradicional, para restaurar a anatomia normal, ou com a utilização de malhas sintéticas, por via vaginal ou laparoscópica que corrigem os defeitos do assoalho pélvico, fortalecendo a região, com taxas de eficácia superiores a 90%.

Dica 5: Use a tecnologia a seu favor – Tecnologias recém-lançadas no Brasil, como o Elevate, da American Medical Systems, também permitem a colocação da malha de forma minimamente invasiva, recobrindo a região pélvica que apresenta defeito com apenas uma incisão. “A paciente deve consultar seu médico para a melhor indicação cirúrgica”.

Fique atenta!
Quem pode apresentar o prolapso genital

A doença também atinge mulheres jovens, mas é mais comum a partir dos 40 anos principalmente em:

– Mulheres que tiveram mais de uma gravidez ou partos normais
– Após a menopausa;
– Mulheres com diabetes, sobrepeso ou com algumas doenças musculares, neurológicos e genéticas;
– Cirurgias anteriores;
– Histerectomia (retirada do útero);
– Envelhecimento;
– Genética;
– Etnia.

Sintomas

– Desconforto na região genital;
– Sensação de saliência na vagina;
– Perda involuntária de urina;
– Dificuldade ou dor nas relações sexuais.

Redação Vida Equilíbrio

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