Dor nas costas: 32% dos afetados não procuram tratamento

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Foto: Corbis

Comum em diversas fases da vida, a dor nas costas pode ser considerada uma das mais prejudiciais à saúde, já que a mesma afeta diretamente a qualidade e o estilo de vida das pessoas. Em alguns casos, impossibilita as mesmas de ir ao trabalho, ao colégio, ou, então, praticar atividades físicas durante certo tempo.

A Organização Mundial da Saúde calcula que 80% da população mundial sofrerá pelo menos uma vez na vida algum episódio de dor nas costas. Estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública, ligada à Fiocruz, revela que o problema atinge cerca de 36% da população, e que apenas 68% dos afetados procuram tratamento. Os pesquisadores entrevistaram 12.423 pessoas de todas as regiões do Brasil, com mais de 20 anos de idade. As informações foram levantadas em 2008 e recentemente divulgadas.

Para o doutor Pedro Augusto Deja Teixeira, neurocirurgião do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, “no passado, as soluções para este problema, em muitos casos, eram piores do que os sintomas. Sendo assim, o fato de muitos pacientes não procurarem orientação médica se deve ao receio de uma possível complicação com o tratamento que será indicado”.

Milhões de americanos, por exemplo, preferem viver com dores ou incapacidades, já que ‘sentem arrepios’ ao associarem a possível solução à cirurgia tradicional. O especialista explica que “as técnicas para a realização destes procedimentos têm sido desenvolvidas no sentido de buscar soluções melhores para os pacientes que sofrem deste problema. As técnicas minimamente invasivas, principal exemplo destas soluções, permitem aos cirurgiões tratar as doenças da coluna diminuindo o trauma cirúrgico, e, consequentemente, a dor no período pós-operatório”.

Para o neurocirurgião, que estuda continuamente o assunto e traz ao Brasil as mais recentes técnicas, “os procedimentos minimamente invasivos requerem menor tempo cirúrgico, menor tempo de internação, geram menor dano tecidual e, consequentemente, menor perda sanguínea. Um exemplo destes procedimentos, ainda inédito no Brasil, permite o acesso à região anterior da coluna através de uma pequena incisão lateral no tórax ou no abdômen. Diferentemente das cirurgias tradicionais realizadas por via posterior, quando são feitas grandes incisões, este procedimento ainda elimina os efeitos debilitantes do descolamento de músculos que ficam na região posterior da coluna, da remoção de osso e da manipulação de estruturas nervosas. Além disso, não há retração de órgãos internos ou de grandes vasos sanguíneos, comuns nas técnicas de acesso anterior a coluna”.

A maior parte dos casos NÃO necessita de procedimento cirúrgico

O médico ressalta que na grande maioria dos casos a mudança do estilo de vida melhora os sintomas da doença. “Fatores como obesidade, postura e fraqueza dos músculos da região são fundamentais para se ter uma saúde perfeita, ainda mais quando o assunto é coluna. Entre as principais causas do problema também podemos destacar os tumores e as lesões traumáticas”, finaliza doutor Teixeira.

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