Em 40 anos, casos de câncer agressivo de pele entre os jovens crescem oito vezes

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Foto: Corbis

Estudo recente da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, revelou que os índices de melanoma (tipo grave de câncer de pele) vêm aumentando principalmente entre pessoas abaixo de 40 anos de idade. Por outro lado, a mortalidade em decorrência da doença, caiu ao longo dos anos.

A pesquisa ainda identificou que as mulheres são as mais atingidas pelo melanoma, grande parte devido ao uso de câmaras de bronzeamento. Esses resultados foram publicados recentemente na revista Mayo Clinic Proceedings. Os autores do estudo observaram que, entre 1970 e 2009, a incidência de melanoma aumentou oito vezes entre a s mulheres e quatro vezes entre os homens dessa faixa etária.

Um dos principais grupos de risco para a doença são as pessoas de pele e olhos claros, assim como quem possui muitas pintas e sardas. Também deve ser levado em conta o histórico familiar, quanto maior for o grau de parentesco, maiores as chances de desenvolver o câncer.

Diferenças entre carcinomas e melanomas – Os mais conhecidos tipos de câncer de pele são carcinomas e melanomas. Os primeiros têm crescimento lento, são localmente invasivos e raramente resultam em óbitos. Apresentam altas taxas de cura se tratados de forma adequada e precoce.

Já no segundo caso são menos frequentes, porém são considerados mais graves por geralmente resultarem em metástase. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que em 2012 serão 6.230 novos casos no Brasil. Em 2009, 1.392 pessoas morreram por causa da doença. “Ainda que o melanoma seja uma doença de adulto s, a exposição solar na infância e adolescência parece ser um dos principais fatores de risco. O padrão de exposição também é característico: o melanoma está associado a queimaduras solares agudas e intermitentes”, explica o oncologista Dr. Rafael Schmerling, do Hospital São José.

Prevenção e Tratamento – A primeira forma de proteção é evitar o sol, usar bloqueador solar várias vezes ao dia mesmo quando exposto apenas à luz artificial e na praia dar preferência aos chapéus e roupas especiais que não deixam passar os raios ultravioletas.

Se a pessoa não se protegeu ao longo da vida, é preciso ficar de olho nos sinais da doença para obter o diagnóstico precoce, já que no Brasil cerca de 20 a 25% dos casos o paciente apresenta a doença na forma metastática. “O melanoma tem essa capacidade de invadir outros órgãos como pulmão, fígado e até o cérebro”, comenta Schmerling.

Mesmo em situações de doenças metastáticas com terapêuticas bastante complexas é possível curar uma parcela desses pacientes. São tratamentos de alta complexidade, os chamados tratamentos imunoterápicos, com substâncias que o nosso próprio organismo produz, à base de interleucina-2 em altas doses, como explica o oncologista. “Mesmo aqueles que não são curados podem conseguir o controle da doença, preservando sua qualidade, muitos inclusive continuam a trabalhar”, resume o médico.

Fique de olho na pele

O oncologista Rafael Schmerling resume os sinais dos carcinomas e melanomas:

Carcinomas – lesões rosas, com borda ligeiramente elevada. Pode ser ainda um nódulo brilhante, mancha avermelhada, ou até mesmo uma ferida aberta que sangra com saída de secreção.

Melanomas – apresenta-se em forma de pinta e normalmente é diferente das outras. É maior, tem a borda assimétrica e o fator mais importante é o crescimento. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente.

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