20 de junho de 2011 | Saúde

Enfisema não é exclusivo dos fumantes

As complicações pulmonares podem ser causadas por poeira, fumaça e poluição aérea, entre outros elementos comuns ao cotidiano da população

cigarro

Foto: SXC

Discreto, incapacitante e lentamente mortal, essas são algumas das características do enfisema pulmonar, doença que tem o tabagismo como principal fator desencadeante (de 15 a 20% de todos os fumantes irão desenvolver essa patologia). O pior é que seu diagnóstico muitas vezes é tardio, devido ao não reconhecimento imediato dos sintomas. “É importante diagnosticar a doença de forma rápida, precoce e quando os danos ainda são mínimos, como também procurar interromper a evolução através do afastamento dos fatores desencadeantes”, alerta Clene Magalhães, pneumologista do Hospital Esperança, em Pernambuco.

O enfisema pulmonar compromete muito a qualidade de vida, podendo levar à incapacitação para o trabalho e mesmo para as atividades mais básicas da vida diária. Além disso, exige gastos das reservas econômicas pessoais e do sistema de saúde. “É grave problema de saúde pública e é doença evitável”, reforça Clene. Evitável desde que se previna a exposição às substâncias tóxicas que estão implicadas como causadoras, sobretudo se isso incluir o abandono ao tabagismo.

Seus portadores sofrem de falta de ar, tosse, expectoração, redução da capacidade laborativa e chiado no peito, entre outros sintomas. “É comum que pacientes portadores desse quadro desenvolvam infecções respiratórias virais e bacterianas devido à alteração do sistema de defesa do pulmão, que vai ter cistos aéreos, sobretudo nos ápices do pulmão”, explica Clene Magalhães.

Contudo, a doença não chega a ser exclusiva dos fumantes, pois pode ser causada pela poluição aérea (a exemplo dos gases contendo dióxido de nitrogênio); uso de fogão a lenha; exposição ocupacional a elementos como carvão e cádmio ou a poeiras de mineradoras e de grãos e a fumos de solda. Outro causador do enfisema é a deficiência genética de alfa-1-antitripsina (que acontece principalmente na terceira e quarta década de vida, na forma de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC).

O diagnóstico da doença deve ser baseado na história clínica do paciente. Envolve exames com raios-x de tórax, tomografias, gasimetrias e espirometria (esse é fundamental para o diagnóstico). Conforme explica a pneumologista, deve haver uma busca exaustiva e contínua do diagnóstico da doença nos indivíduos expostos às substâncias implicadas na sua epidemiologia e fisiopatologia para evitar o aparecimento ou mesmo impedir o desenvolvimento do enfisema pulmonar.

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