Escolaridade não previne gravidez na adolescência

Metade dos jovens que tiveram filhos antes dos 22 anos de idade tinham mais de 8 anos de estudo, ou seja, ao menos o primeiro grau completo. É o que revela estudo da Secretaria de Estado da Saúde com informações de 908 adolescentes e seus parceiros atendidos na Casa do Adolescente de Pinheiros, na zona oeste da capital, entre agosto de 1997 e janeiro de 2010.

Segundo o levantamento, 54,7% das meninas consultadas completaram ao menos o primeiro grau. Oito (1,7%) das 454 meninas questionadas eram universitárias. As jovens mães tinham, em média, 17,5 anos de idade quando engravidaram e iniciaram a vida sexual aos 15 anos. Do total de meninas só 14%, informaram que tiveram o desejo de engravidar.

Já no caso dos parceiros das adolescentes, 48,4% estudaram por mais de oito anos, dos quais 2% eram universitários. Os jovens pais tinham 22 anos, em média, quando consumaram a gravidez.

Os números da escolaridade contrastam com o fato de que 61% do total de entrevistados não usaram qualquer tipo de método contraceptivo no momento da relação sexual. O anticoncepcional via oral foi usado por 19% das mulheres, enquanto apenas 16% dos rapazes usaram preservativo.

“O dado chama a atenção porque quebra o tabu de relacionar a falta de cuidado à falta de informação, diretamente. Por isso é importante trabalhar outros aspectos, especialmente as emoções, sentimentos, medos e angústias desses jovens”, afirma a coordenadora do programa Saúde do Adolescente da Secretaria, Albertina Duarte Takiuti.

Gravidez em queda

O Estado de São Paulo registrou queda de 36,2% no número de adolescentes grávidas em 2008 (último dado disponível), em comparação com o ano de 1998. Foram 94.461 jovens com idades até 19 anos grávidas em 2008, contra 148.018 casos em 1998. Os números são menores ano a ano.

Atualmente no Estado de S. Paulo há 23 Casas do Adolescente que oferecem atendimento integral e multidisciplinar. Seguem como modelo a Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, que foi a primeira a ser implantada e oferece desde 1993 atendimento com profissionais de áreas diversas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. Os projetos são colocados em prática de acordo com a demanda.

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