Estudos sobre o impacto da menopausa

menopausa2“Entrei na menopausa e envelheci”, esse é o pensamento equivocado de 36% das mulheres brasileiras e de 31% das mexicanas que participaram da pesquisa Femme Survey realizada pelo Instituto Harris Interactive, encomendada pela Pfizer, com o público de feminino de 40 a 65 anos no Brasil (501) e México (405), envolvendo um total de 906 mulheres.

Femme Survey mostrou também que a falta de informação sobre a menopausa ainda é o maior entrave para que as mulheres vivam bem esta etapa natural da vida. Menos de 5% das brasileiras e mexicanas se preocupam com a menopausa. Um dado preocupante, que confirma a explicação da ginecologista Eliana Aguiar Petri Nahas, Professora Livre-Docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, e responsável pelo setor de Climatério e Menopausa. “Este é um período importante na vida da mulher e ainda falta conhecimento tanto por parte das pacientes como dos médicos para conduzir esta nova fase. Para enfrentar esta etapa, que trará percepções diferentes para cada paciente, a mulher deve estar bem informada e assessorada por seu médico ginecologista, que deve ser o seu maior aliado”.

De acordo com a especialista, com o aumento da expectativa de vida, em torno dos 80 anos para mulheres, 1/3 de suas vidas se passarão na menopausa, período que inicia a falência ovariana e todas as consequências do hipoestrogenismo. Com a falta do estrogênio surgem sintomas físicos e psicológicos que interferem fortemente na qualidade de vida das mulheres: ondas de calor (fogachos), insônia, sudorese e alteração do  trofismo vaginal (ressecamento vaginal). Sem contar a baixa autoestima e muitas vezes, o sentimento de improdutividade.

O estudo mostra que na percepção das mulheres sobre os sintomas da menopausa, os fogachos são os piores: 44% das brasileiras os apontam como extremamente/muito incômodos; 34% apresentam as ondas de calor seis ou mais vezes ao dia e 58% apontam este sintoma como um dos principais motivos para procurar o médico. No México esses números são bem parecidos: 42%, 33% e 47%, respectivamente.

Até o momento em que não são acometidas pelos sintomas, as mulheres que residem em áreas metropolitanas do Brasil e do México, que participaram da pesquisa, concordam que a menopausa é uma fase natural e que não deve ser temida. Mas, quando os sintomas aparecem o discurso muda. Para as brasileiras que já estão vivenciando esta fase, 25% admitem que a experiência é pior do que esperavam e para as mexicanas esse índice é ainda maior alcançando 32% na opinião das entrevistadas. “Isso acontece porque os sintomas mais comuns interferem diretamente na vida da mulher, que aos 50 anos, geralmente, ainda está no auge da carreira e produtividade. A menopausa pode causar uma mudança de comportamento inesperada se esta paciente não estiver preparada emocionalmente”, explica Eliana Nahas.

Reforçando a colocação da médica, a Femme Survey apontou que 46% das brasileiras afirmaram que quando atingiram o período da menopausa se sentiram diferentes e 22% menos femininas. No México, 50% das mulheres entrevistadas se perceberam diferentes e 17% menos femininas. “Hábitos de vida saudáveis como abandonar o tabagismo (no caso das fumantes), praticar atividades físicas regularmente e manter o peso com dieta adequada são algumas ações que as mulheres devem adotar para vivenciar este período natural de suas vidas de forma tranquila e com qualidade”, orienta a ginecologista.

Boa notícia para as mulheres

Hoje, com a evolução da medicina, existem muitos tratamentos disponíveis para atender a necessidade de cada paciente, de maneira individualizada, e aliviar os sintomas da menopausa. A reposição de estrogênios, terapia mais comum, é indicada a pacientes sintomáticas e que não tenham contraindicação aos medicamentos. “Nessas mulheres, o tratamento deve ser iniciado no início da menopausa, período em que os benefícios superam os riscos, e deve continuar nos primeiros anos de pós-menopausa, até 55 a 60 anos, de acordo com a avaliação médica”, conclui a Eliana.

A pesquisa apontou que no Brasil, 81% das mulheres se sentem confortáveis em saber que existem tratamentos disponíveis para tratar os sintomas da menopausa e desse total, 67% consideram utilizar medicações nesta fase da vida. No México, 78% das mexicanas aprovam os tratamentos e 77% consideram utilizá-los.

Nos casos que a terapia hormonal seja necessária para o alívio dos sintomas climatéricos, a paciente pode fazer por meio de estrogênios naturais (extraídos de substâncias animais) ou sintéticos (produzidas em laboratórios, a partir de substâncias químicas que “imitam” os hormônios naturais).

Vida Equilíbrio

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