Exercícios vocais podem evitar a rouquidão e até mudar o timbre vocal

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Foto: Corbis

Os problemas na voz podem causar constrangimento, dificuldades de relacionamento e prejuízo profissional. A fonoaudióloga Caroline Meneses, mestranda em Ciências da Reabilitação na Unopar (Universidade Norte do Paraná), explica que a maioria desses desconfortos pode ser resolvido por meio da Terapia Vocal, que engloba respiração, articulação, ressonância e exercícios próprios para a laringe. “Com a terapia e exercícios diários de 15 minutos podemos alterar tanto a frequência quanto a ressonância, ou o timbre da voz. Alguns casos exigem um tempo maior de exercícios, outros trazem mudanças rapidamente”, afirma Meneses.

Foi o que aconteceu com Maria (nome fictício), de 41 anos. “Eu não percebia que minha voz era diferente, mas tinha muita ardência na garganta”, relata. Maria sofre de paresia na prega vocal direita, que provoca rouquidão permanente. Ela conta que, por conta da ardência, passou por vários médicos até ser orientada a procurar uma fonoaudióloga. Com um mês de terapia, Maria percebeu a melhora em sua voz e já não sente as ardências. Ela aprendeu rapidamente os exercícios e pratica em casa – são 15 minutos de manhã, antes de sair para o trabalho, e outros 15 minutos à noite. “No começo eu achei os exercícios estranhos, mas não são difíceis e podem ser feitos em casa. Logo que eu termino, noto que minha voz melhora”, diz ela.

A Fonoaudióloga destaca que a eficiência do tratamento é garantida porque os exercícios da terapia são personalizados, o que garante maior aproveitamento por parte do paciente. Carolina Meneses faz um alerta com relação às receitas populares usadas para rouquidão e ardência. “A maioria das soluções caseiras pode trazer mais complicações do que benefícios”, declara.

Cuidado com chás e pastilhas

A fonoaudióloga explica que em geral as receitas populares contêm substâncias que aumentam a viscosidade da saliva, como o mel e o leite. “A saliva engrossada vai causar pigarro ou tosse, machucando ainda mais a garganta. É um círculo vicioso”.

Outro alerta é em relação a substâncias de efeito anestésico, como gengibre, pastilhas e sprays. “Elas aquecem a faringe e diminuem a dor. Com isso, a pessoa volta a falar normalmente, forçando as cordas vocais e aumentando a inflamação e o esforço vocal. O conforto momentâneo não compensa o estrago”, adverte Caroline.

Para a fonoaudióloga, o melhor remédio para a voz e a garganta é a água. “Todo o trato vocal é revestido de mucosa. A água hidrata e limpa sem irritar. No caso de irritação no nariz, use soro fisiológico. Ele é balanceado, pode ser pingado no nariz e diminui o inchaço das vias aéreas superiores”, informa Carolina Meneses.

A especialista também recomenda falar sem fazer força na região da garganta e fazer exercícios de aquecimento, principalmente antes de falar durante um longo período, e desaquecer a voz no final. “Falar alto demais e com esforço ou gritar com frequência é uma das principais causas de problemas vocais. Outra tática que muita gente tem dificuldade de utilizar é o silêncio. Está rouco? Fique em silêncio o máximo de tempo possível. Falou muito, fez um discurso, acabou de sair do palco ou da aula? Faça silêncio durante pelo menos 10 minutos”, conclui.

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