Falta de cuidados com a pele faz com que homens tenham mais chances de desenvolver câncer

homem na praia - surf

Foto: Corbis

Pesquisa recente do Ministério da Saúde revela que a maior parte das pessoas do sexo masculino não tem a preocupação de se proteger contra os raios ultravioletas emitidos pelo sol, considerados altamente nocivos à saúde da pele. Dos 54 mil entrevistados, somente 37% dos homens dizem tomar precauções contra 55% das mulheres que demonstram ter mais cuidado. Os maus hábitos podem apresentar grande relevância no aumento do índice de câncer de pele, que hoje já corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, ocupando o posto de mais recorrente entre as neoplasias.
“O dano estético causado pela exposição solar é para diversas mulheres, o principal incentivo para a maior proteção. Ainda que o enfoque da proteção solar possa estar distorcido, este pode ser uma explicação para a menor incidência de melanomas que em homens, como observado em algumas estatísticas”, explica o especialista.

Segundo o Dr. Rafael Schmerling, médico oncologista do Hospital São José, a maior atenção das mulheres por questão estética, acaba lhes promovendo maior cuidado com a pele.

Um dos principais grupos de risco para a doença são as pessoas de pele e olhos claros, assim como quem possui muitas pintas e sardas. Também deve ser levado em conta o histórico familiar, quanto maior for o grau de parentesco, maiores as chances de desenvolver o câncer.

“Ainda que o melanoma seja uma doença de adultos, a exposição solar na infância e adolescência parece ser um dos principais fatores de risco. O padrão de exposição também é característico: o melanoma está associado a queimaduras solares agudas e intermitentes”, explica Dr. Rafael Schmerling.Os principais tipos de câncer de pele são carcinomas e melanomas. Os primeiros têm crescimento lento, são localmente invasivos e raramente resultam em metástases ou óbitos. Apresentam altas taxas de cura se tratados de forma adequada e precoce. Já no segundo caso são menos frequentes, porém com letalidade mais elevada.

Prevenção – A primeira forma de proteção é evitar o sol, usar bloqueador solar várias vezes ao dia mesmo quando exposto apenas à luz artificial e na praia dar preferência aos chapéus e roupas especiais que não deixam passar os raios ultravioletas.

Se a pessoa não se protegeu ao longo da vida, é preciso ficar de olho nos sinais da doença para obter o diagnóstico precoce, já que no Brasil cerca de 20 a 25% dos casos o paciente apresenta a doença na forma metastática. “O melanoma tem essa capacidade de invadir outros órgãos como pulmão, fígado e até o cérebro”, comenta Schmerling.

Mesmo em situações de doenças metastáticas com terapêuticas bastante complexas é possível curar uma parcela desses pacientes. São tratamentos de alta complexidade, os chamados tratamentos imunoterápicos, com substâncias que o nosso próprio organismo produz, à base de interleucina-2 em altas doses, como explica o oncologista. “Mesmo aqueles que não são curados podem conseguir o controle da doença, preservando sua qualidade: muitos inclusive continuam a trabalhar”, resume o médico.

Fique de olho na pele

O oncologista Rafael Schmerling resume os sinais dos carcinomas e melanomas:

Carcinomas – lesões rosas, com borda ligeiramente elevada. Pode ser ainda um nódulo brilhante, mancha avermelhada, ou até mesmo uma ferida aberta que sangra com saída de secreção.

Melanomas – apresenta-se em forma de pinta e normalmente é diferente das outras. É maior, tem a borda assimétrica e o fator mais importante é o crescimento. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente.

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