Genérico, similar, referência e manipulado

comprimidos

Foto: Corbis

A ida ao médico foi tranquila, mas na hora de comprar o remédio fica a dúvida sobre o que levar para casa. Qual a composição do genérico? O que é medicamento de referência? Qual a diferença entre genérico e similar? E o manipulado?

São quatro tipos de medicamento disponíveis no mercado brasileiro – de marca ou referência, genérico, similar e manipulado. Estas classificações se devem à forma de desenvolvimento, obtenção e tipo de registro de cada produto.

Os medicamentos de referência são, normalmente, inovadores, cuja eficácia e segurança foram comprovadas por anos de pesquisa, e os estudos resultantes são utilizados para o registro junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Eles possuem nomes comerciais definidos pelos fabricantes, conhecidos no mercado. As empresas que lançam medicamentos inovadores possuem o direito de sua comercialização exclusiva por alguns anos, para assegurar que poderão recuperar os altos investimentos feitos durante todo o período de pesquisa e desenvolvimento da nova droga. Este direito é garantido ao inventor através da obtenção da patente do seu novo produto.

Tanto o medicamento genérico como o similar possuem fármacos não inovadores, ou seja, ingredientes ativos e formas farmacêuticas já conhecidas no mercado. São medicamentos que não possuem a mesma formulação do medicamento referência, apesar de possuir o mesmo ingrediente ativo, com a mesma concentração e forma farmacêutica (comprimido, suspensão, xarope, cápsula, entre outros). A principal diferença entre eles é que o genérico não possui nome comercial distinto, é caracterizado pelo nome do ingrediente ativo e pela letra “G”, de genérico. Já o similar possui nome comercial definido pelos fabricantes, o que pode confundir os consumidores com os medicamentos de referência.

De acordo com o Doutor em Química e Gerente Técnico da Bioagri, Edivan Tonhi, atualmente os medicamentos genéricos e similares passam por estudos laboratoriais que garantem a similaridade com o medicamento de referência. Estes estudos, que seguem as legislações da ANVISA e são feitos em laboratórios credenciados pela agência, avaliam se estes medicamentos têm o mesmo comportamento que o de referência no organismo humano. Após serem aprovados por estes estudos, ambos precisam ser registrados junto à ANVISA para serem comercializados. “Atualmente, não há diferença na qualidade e nos custos de desenvolvimento dos medicamentos genéricos e similares. Podemos considerar que o fato de ainda existirem estas duas formas de registro se refere apenas à opção das empresas por terem produtos não inovadores com nomes comerciais, o que pode levá-los a ser tão conhecidos como os respectivos medicamentos referência”, cita Tonhi.

Já os medicamentos manipulados são aqueles produzidos em pequena escala pelas farmácias de manipulação autorizadas pela Vigilância Sanitária. Estes produtos possuem os mesmos princípios ativos presentes nos demais tipos de medicamentos, inclusive com a mesma dosagem. Porém, neste caso nem sempre as formas farmacêuticas são similares, sendo, na maioria das vezes, produzidos e comercializados em cápsulas.

Diferença de preço

Os medicamentos de referência são mais caros que os demais, já que seu preço inclui os custos com pesquisa e desenvolvimento. Já os similares e genéricos tendem a ser mais baratos, já que contemplam menores gastos de pesquisa e desenvolvimento. No caso dos manipulados, por serem medicamentos mais simples e sem investimentos em pesquisa e controle de qualidade, são sempre mais baratos que os demais.

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