Inverno dificulta controle da caspa
A diferença entre as baixas temperaturas do inverno e as altas temperaturas do chuveiro intensificam um problema que incomoda entre 15 e 20% da população: a caspa.
Nome popular da dermatite seborreica, a caspa é uma inflamação que produz descamação da pele, normalmente na região do couro cabeludo, mas que pode também ocorrer na face, sobrancelha, nariz, orelha, peito, costas e virilha.
Segundo o Dr. Francisco Le Voci, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo, SBD-SP, banhos quentes e longos no inverno aceleram a descamação natural da pele, dificultando o controle da caspa.
Além da típica descamação que gruda nas roupas e nos cabelos, a caspa pode provocar vermelhidão, coceira e ardência. Embora a inflamação tenha fundo genético, fatores emocionais, como o estresse, também podem provocar ou intensificar o problema: “O sistema nervoso tem íntima ligação com a pele”, explica o Dr. Le Voci.
O médico acrescenta que a caspa é um processo crônico, para o qual não existem garantias de cura definitiva: “Ela pode ser controlada com o uso de shampoos e cremes orientados por um médico dermatologista. Também é importante evitar banho muito quente e não estimular a umidade do couro cabeludo.”
Já em épocas mais quentes, como no verão, a produção de caspa pode sofrer uma diminuição, por a exposição à radiação ultravioleta ser mais freqüente e, também, por tratar-se de um processo inflamatório da pele.
Recentemente, descobriu-se que os casos mais resistentes de caspa são causados pelo fungo Malassezia Furfur. O que implica um tratamento mais específico, com shampoos antifúngicos e, em casos mais extremos, medicação oral.
Existem ainda novas técnicas de combate à caspa, como o uso de lasers, led e outras luzes de baixa frequência. Mas, o médico dermatologista ressalva: “Somente no caso de resistência aos tratamentos anteriores podemos indicar a fototerapia, pela sua ação antiinflamatória”.