Médico explica como evitar, tratar e lidar com os joanetes
As mulheres têm cerca de 20 vezes maior probabilidade de apresentar joanetes quando comparadas aos homens, pelo uso de sapatos apertados, de salto e bico fino. A joanete é uma protuberância lateral acentuada no dedão do pé, que pelo desvio rotacional se encosta no segundo dedo. Ela produz uma deformidade estética com alteração da função do pisar e andar, acompanhado de dor e dificuldade e usar calçados.
O médico Dr. Paulino Salin Vasconcelos, membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Pé e Médico Ortopedista gestor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Santa Cruz, explica quais as formas de tratamento para joanetes e conta que, quando é diagnosticado bem no começo é possível prevenir o agravamento trocando os calçados.
Mas, quando a deformidade já é grande e a pessoa já sente dor, o problema só resolve com cirurgia. Atualmente, técnicas cirurgicas minimamente invasivas ou percutâneas dão ótimos resultados para a correção das joanetes, e ao contrário das cirurgias convencionais, não se usa gesso (somente fitas adesivas), enfaixamento simples, calçado adequado e o paciente marcha sobre o pé operado já no momento da alta hospitalar, no mesmo dia da cirurgia.
A cirurgia consiste em fazer pequenas incisões (orifícios) em torno de 3 mm e introduzir fresas (brocas de dentistas) modificadas para correção das deformidades, com anestesia local no tornozelo, que poderá estar associado a uma sedação endovenosa pelo anestesista.
“É um procedimento mais seguro, menos doloroso e no pós operatório demanda um tempo maior sem dor, o paciente pode e é aconselhado sair andando, com carga parcial, com o pé operado no mesmo dia da cirurgia”, garante o dr. Paulino Salin Vasconcelos.
O médico explica ainda que essa técnica cirúrgica pode ser aplicada em outros casos, desde calosidades devidas a problemas ósseos, dedos em garra, esporão de calcâneo (bico de papagaio) entre outras metatarsalgias dores nos metatarsos, ossos na porção da frente do pé.