21 de setembro de 2010 | Lazer & Bem-Estar

Medidas comportamentais ajudam na prevenção das crises de enxaqueca

O diagnóstico da enxaqueca é de extrema importância uma vez que a doença pode ser confundida com sintomas de algumas doenças. Saiba mais.

dor de cabeça

Foto: Corbis

Certamente boa parte da população sofre ou já sofreu com dores de cabeça. Mas, alguns indivíduos possuem crises que vão do moderado ao insuportável, também conhecida como enxaqueca – uma síndrome neurológica. Acredita-se que a causa seja espontânea, provocada por fatores externos ou genéticos, segundo o neurologista Luiz Fernando Haikel Júnior, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.

Normalmente as crises de enxaquecas são dores de cabeça recorrentes, unilaterais ou bilaterais, latejantes e acompanhadas por náuseas, vômitos, intolerância à claridade, barulho e cheiro. Atinge principalmente as mulheres durante a vida fértil, apresentando melhoras na gestação e após a menopausa. As crises podem durar de duas a 72 horas.

Antes do início das crises, alguns indivíduos apresentam alterações visuais, falta de apetite, hiper-atividade, depressão nervosa, irritabilidade, bocejos repetidos, dificuldade de memória, desejos por alimentos específicos e sonolência.

As crises podem ser desencadeadas por alguns fatores como dormir muito ou pouco, dormir fora de hora, alguns alimentos, cheiros fortes, ciclo menstrual, exposição ao sol, esforço físico, bebidas alcoólicas e estresse físico e emocional.

O diagnóstico da enxaqueca é de extrema importância uma vez que a doença pode ser confundida com sintomas de algumas doenças, como meningites, sangramentos cerebrais, tumores cerebrais e sinusites agudas. Em razão disso é necessário uma investigação laboratorial e clínica com história detalhada para o diagnóstico correto da origem da patologia. Em alguns casos podem ser necessários exames complementares como ressonância magnética de crânio e o eletroencefalograma.

Existem dois tipos de tratamento, o primeiro é o preventivo, o médico recomendará medicamentos de uso diário e por um determinado período, que evitarão as crises. Já o segundo são utilizados analgésicos comuns e dependendo do caso medicamentos mais severos. O tratamento deve ser individualizado de acordo com a intensidade da dor, duração e sintomas.

Segundo o especialista os pacientes que se submetem ao tratamento preventivo apresentam melhora clínica, com diminuição da frequência, intensidade e duração das crises. “As crises que ocorrem durante o tratamento são mais fracas e rapidamente resolvidas”, explica o médico.

Por meio de um tratamento preventivo é possível prevenir a enxaqueca desde que o paciente consiga estabelecer os fatores que desencadeiam as crises e utilize técnicas de relaxamento, dieta, psicoterapia e acupuntura.

“O tratamento da enxaqueca tem melhor resultado quando associado a medidas comportamentais. Um diário, com registros sobre a enxaqueca, como atividades, alimentos e suas relações com a dor pode ajudar. A prática de atividades físicas moderadas e regulares também é recomendada, pois é um mecanismo de regulação da dor, além de aliviar o estresse que pode facilitar a enxaqueca”, alerta o especialista.

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