Mulheres modernas optam por não menstruar

As exigências da vida moderna são muitas e para a maioria das mulheres não é fácil administrar a agenda e investir no próprio bem-estar e na saúde. Por isso, cada vez mais, elas procuram soluções que as auxiliem a ter mais conforto e comodidade no dia a dia. Por esta razão e também por questões de saúde – problemas como endometriose (crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina) e anemias, entre outros -, muitas têm optado por não menstruar, evitando assim os inconvenientes e sintomas característicos do período pré-menstrual e menstrual.

Neste sentido, os contraceptivos orais com baixa dose hormonal são grandes aliados da mulher moderna. Com dosagens até 10 vezes menores do que na época do lançamento da primeira pílula, hoje estes medicamentos têm menos efeitos adversos e são muitas vezes indicados para uso contínuo (com suspensão da menstruação), contribuindo para a autoestima e qualidade da vida feminina.

Porém, a decisão de continuar ou não menstruando é cercada de dúvidas e de alguns mitos. Um dos receios da contracepção contínua é o de que venha a afetar a fertilidade da mulher, prejudicando planos futuros de constituir uma família. Gisele Macea da Gama, 31 anos, advogada e professora da Faculdade ENIAC de Guarulhos (SP), é uma prova de que esta preocupação não tem fundamento. Ela tomou anticoncepcional em regime contínuo por dois anos e só parou ao decidir que era hora de engravidar. Seu primeiro filho, hoje com nove meses, nasceu muito saudável, com 3,7 quilos e 51 cm. “Há três meses, quando comecei a oferecer outros alimentos ao meu pequeno Heitor, fui ao ginecologista e pedi para voltar a tomar a pílula sem pausa, pois me sinto muito melhor sem cólicas, inchaços e outros sintomas pré-menstruais”, afirma.

Para Gilmara Soares, 26 anos, arquiteta, parar de menstruar foi uma questão de melhoria na qualidade de vida, pois sempre sofreu muito com crises de enxaqueca no período menstrual, até que seu médico indicou o uso de contraceptivo oral contínuo para amenizar as dores. “A minha enxaqueca diminuiu muito e percebi que minha pele melhorou com redução de meus problemas com acne”, declara Gilmara.

Saúde também foi a razão que levou Marize Gonçalves Nazareth, 30 anos, barista da Starbucks, ao regime contínuo. “Comecei a tomar anticoncepcionais injetáveis aos 14 anos, porque ficava absolutamente irritada nos dias que antecediam minha menstruação, além de ter fortes cólicas, dores nas mamas, menorragia (sangramento excessivo) e o inchaço. Mas achava que menstruar era um processo natural até ter endometriose e me submeter a uma cirurgia”, explica. Após o procedimento cirúrgico, seu médico recomendou tomar contraceptivo em regime contínuo, parando somente a cada três meses. “Agora sou uma pessoa mais calma, os sintomas pré-mestruais ficaram mais amenos e tive como benefícios extras redução de acne e crescimento mais rápidos dos meus cabelos”, conclui Marize.

Dr. Achilles Machado Cruz, especialista em ginecologista e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), reforça que os produtos de última geração representam uma nova revolução para o universo feminino. “Além de evitar a gravidez, as novas pílulas contribuem para amenizar sintomas menstruais e melhorar aspectos da pele e dos cabelos, bem como para prevenir doenças e reduzir o risco de câncer de ovário”.

Vida Equilíbrio

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