30 de junho de 2010 | Dicas

O DNA e a revolução na Saúde

Depois de "A Linguagem de Deus", Francis S. Collins, renomado cientista americano lança "A Linguagem da Vida", que vai mudar para sempre a sua opinião sobre seu corpo, sua saúde e o futuro da medicina

a linguagem da vida

Capa do livro.

Um dos fatos que mais atraem em “A Linguagem da Vida” é que ele foi escrito por um dos médicos mais respeitados dos Estados Unidos no campo da genética. Isso com certeza é garantia de boa leitura. Francis Collins se tornou figura tão importante no país, que até o presidente Barack Obama tem opinião sobre ele: “O trabalho pioneiro dele mudou a maneira como vemos a nossa saúde e lidamos com as doenças”, declarou o líder americano, referindo-se ao especialista que chefiou durante 15 anos os estudos do genoma humano.

Às vésperas de completar 60 anos, o autor não vê contradição entre o fato de ser cientista e, ao mesmo tempo, professar uma religião. “Eu conduzi um grupo de cientistas para ler as 3,1 bilhões de letras do Genoma Humano. Como crente, vejo o DNA, a informação molecular de todas as coisas vivas, como linguagem de Deus; e a elegância e cumplicidade de nossos próprios corpos e o resto da natureza como reflexo do plano de Deus”, pondera o autor.

Em “A Linguagem da Vida”, seu segundo livro de grande sucesso, depois de “A Linguagem de Deus”, também lançado pela Editora Gente, Collins diz acreditar que a humanidade “cruzou o limiar de um modelo médico” no qual o teste genético era possível apenas em situações de alto risco. Agora, são oferecidos a praticamente todo mundo. O cientista está convicto de que conhecer o nosso próprio DNA é a melhor estratégia para proteger a saúde e a própria vida.

Uma revolução que afetará a todos

“Estamos diante de uma revolução que afetará a todos e de inúmeras formas: esta revolução genética envolve doenças comuns, como diabetes, doenças cardíacas, câncer, asma, artrite, Mal de Alzheimer e outras, saúde mental e personalidade; decisões sobre a gravidez e mesmo nosso histórico étnico”, diz o médico.

A grande importância das descobertas sobre as quais o cientista discorre permitem saber se uma pessoa tem ou não propensão para esta ou aquela doença. Com isso, possibilidade a prevenção. O autor relata no livro a sua história pessoal: passou a adotar cuidados especiais com a saúde, depois de descobrir, através de estudos de seus genes feitos através de laboratórios, que tinha predisposição para diabetes tipo 2 e um tipo pouco comum de glaucoma.

A prática de uma melhor prevenção e tratamento, segundo Collins, não é apenas uma questão de DNA. Ele explica que estudos sobre a interação entre riscos genéticos e ambientais estão identificando aspectos importantíssimos de nossa saúde que decorrem de variáveis do ambiente. Estes estudos, esclarece ele, vão proporcionar uma maior oportunidade de monitorar e ajustar a exposição da pessoa às variáveis ambientais, o que significa “aumentar as chances dela de permanecer bem, ou até de se recuperar de uma doença”, observa o especialista.

Otimista, ele afirma que, provavelmente, nos próximos anos, já se poderá fazer, por um preço acessível, o sequenciamento completo dos genes, com todas as três bilhões de letras do código genético, tornando possível, assim, individualizar cada vez mais os tratamentos. “A análise cuidadosa de todo o conteúdo do genoma permitirá uma definição muito mais precisa dos riscos em relação a futuras doenças do que se consegue agora”, assegura o autor, completando: “Com isso, será possível estabelecer um plano personalizado de medicina preventiva.”

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