Os problemas do cigarro

Mesmo sem nunca ter fumado, aproximadamente 2,6 mil pessoas morrem por ano, vítimas de doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), quem fica exposto à fumaça do cigarro tem uma chance 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% a mais de sofrer infarto e doenças cardiovasculares. Em crianças e bebês, o risco é ainda maior, se observado a maior frequência de resfriados e infecções de ouvido, risco potencializado de doenças respiratórias como pneumonia e bronquites, podendo chegar a uma morte súbita sem causa aparente, também conhecida por Síndrome da Morte Súbita Infantil.

“Mesmo com toda a divulgação dos malefícios da fumaça e a criação de leis que proíbem a emissão em locais fechados, ainda é preciso maior conscientização por parte da população”, afirma Dr. Amândio Soares.

Os números assustam ainda mais se levado em consideração que, de acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizada pelo Ministério da Saúde, 11,8% da população brasileira não-fumante mora com pelo menos uma pessoa que faz uso do cigarro dentro de casa. No ambiente de trabalho, o convívio entre tabagistas e não-tabagistas também é grande: 12,2% dos que não fumam convivem com algum colega fumante.

Devido aos números acima apresentados, cresce cada vez mais a preocupação com a incidência de câncer tanto em pacientes que fumam quanto naqueles que não fazem uso da nicotina, mas têm contato com a substância de alguma forma. Atualmente, o cigarro mata 4,9 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, o que equivale a mais de 10 mil mortes por dia. Caso o cenário atual de consumo seja mantido, em 2030 os óbitos podem chegar a 10 milhões por ano.

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Redação Vida Equilíbrio