Ovos de páscoa e cobre

Suave, apetitoso e sublime, além de sedutor e saboroso ao paladar. Em tempos passados, o seu deleite hedonístico era reservado aos reis Astecas, aos recém-casados e à realeza da Espanha. E hoje é parte importante da tradição do domingo de Páscoa, quando o coelhinho passa para presentear seus ovinhos.

 

Milhões de pessoas são apaixonadas por essa tentação chamada chocolate. Entretanto, poucos sabem que ele é uma rica fonte de cobre. O chocolate amargo contém consideravelmente mais cobre do que o chocolate ao leite. Uma barra de chocolate amargo de85 gramaspode conter 0,75 miligrama de cobre – quantidade bem superior à dose diária recomendada pelas autoridades de nutrição dos Estados Unidos a crianças, adolescentes e adultos. Por outro lado, uma barra de chocolate ao leite de mesmo peso pode conter 0,18 miligrama de cobre, o que equivale a 20% da dose diária recomendada a adolescentes e adultos.

 

Estudo divulgado pela revista acadêmica Nutrition Research revela que os bombons amargos e outros produtos de chocolate são os que contribuem com a maior quantidade de cobre à dieta diária dos norte-americanos. “Eles obtêm do chocolate cerca de 10% do cobre que ingerem diariamente”, afirma a Dra. Nancy Betts, especialista da Universidade de Nebraska e co-autora do estudo. Outra pesquisa, publicada no Journal of Nutrition, revela que, em certos casos, algumas pessoas obtêm mais de 50% do cobre a partir de produtos de chocolate ingeridos diariamente.

 

Cobre: mineral indispensável

O cobre é essencial para o funcionamento adequado do organismo humano. Ele deve ser ingerido pelo homem, uma vez que não é capaz de produzi-lo.  Entre os benefícios, o metal facilita o bem-estar cardiovascular e neurológico, reforça os tecidos conjuntivos, promove o desenvolvimento ósseo e mantém os níveis adequados de células vermelhas no sangue. Por ter propriedades antioxidantes, o cobre protege as células contra os danos causados pelos radicais livres, e também é necessário para as enzimas que participam do processo metabólico.

 

Especialistas em nutrição afirmam que uma ligeira deficiência de cobre é comum nas pessoas, mesmo nos países mais desenvolvidos. Entretanto, de acordo com o artigo da Nutrition Research, o consumo de chocolate tem uma correlação positiva com a ingestão total diária de cobre. Neste último ponto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece um Ranking Aceitável de Ingestão Oral (AROI) para os nutrientes, com o objetivo de garantir um bom estado de saúde às pessoas. No caso do cobre, a quantidade mínima de AROI é de 0,05 miligrama por quilograma de peso corporal ao dia. Ou seja, um adulto de 70 quilos deve ingerir 3,5 miligramas de cobre diariamente. Abaixo deste limite, há risco de deficiência nutricional.

 

Diante disso, parece haver poucos motivos para sentir-se culpado pelo consumo destes preciosos ovinhos de chocolate no domingo de Páscoa.

 

Fonte: Corbis

 

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Redação Vida Equilíbrio

 

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