Pare de fumar. O meio ambiente agradece

cigarro

Foto: SXC

Respirar a fumaça de um cigarro que, além de ser desagradável, possui mais de quatro mil substâncias tóxicas, não é um transtorno apenas para os fumantes passivos. O meio ambiente também sente os impactos em decorrência desse mau hábito que ainda persiste na sociedade. Porém, quem pensa que os problemas se restringem à poluição atmosférica, engana-se. Na realidade, os danos ambientais já começam no início da cadeia produtiva do cigarro.

“É importante que a população olhe para os efeitos decorrentes do tabagismo no ser humano e, também, para mais além. Para se ter uma ideia, a cada 300 cigarros produzidos, uma arvore é derrubada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias”, informa o pneumologista Oliver Nascimento, médico assistente da disciplina de Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e vice-diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da instituição.

Segundo o especialista, para a produção dos cigarros, a lenha derrubada é usada nas estufas onde é feita a secagem das folhas do tabaco. “O desmatamento em larga escala deixa o solo desprotegido e a mercê de chuvas, e isso acaba provocando erosões e destruição da terra”, explica Nascimento.

Não se deve deixar de fora outro grave problema ambiental causado pelo tabagismo: os incêndios. “É um dado aterrador, mas 25% dos incêndios que acontecem no planeta são provocados pelas bitucas (pontas de cigarro) acesas, resultando em destruição e morte”, diz Nascimento.

E o que dizer da poluição causada pelas pontas de cigarro largadas pelas ruas, florestas, rios e mares? “As pessoas se esquecem ou ignoram o tempo da degradação do cigarro. Quando vemos um simples filtro de cigarro jogado na calçada, na praia, nos lagos, enfim, devemos pensar que nossos netos conviverão com esse lixo, pois esse material demora 100 anos para se degradar”, alerta o médico.

Por trás desses dados alarmantes e dos incontáveis problemas de saúde está somente um grande vilão: o cigarro. O número de danos ao meio ambiente e à vida como um todo teria uma redução significativa se as pessoas parassem de fumar. “É uma transformação difícil, mas não é impossível. Consciência, determinação e mudança comportamental são necessárias para a cessação do tabagismo. Além disso, quando o fumante tem o apoio da família e dos amigos e adere ao tratamento médico, as chances de sucesso são bem maiores”, orienta. Atualmente, o tratamento farmacológico do tabagismo inclui terapias com ou sem a reposição da nicotina, entre elas, medicamentos como Champix (vareniclina), desenvolvido especificamente para tratar a doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), fumantes que tentam parar de fumar sem ajuda médica têm menor chance de sucesso (uma média de 5%). E mesmo entre os que conseguem largar o cigarro, apenas de 0,5% a 5% mantêm a abstinência por um ano sem apoio médico. “É uma luta diária, mas que geralmente acaba em vitória para o ex-fumante. O que traz uma esperança de que essa pessoa passe a viver com saúde e qualidade, além de poder curtir a natureza preservada e deixá-la como herança para as futuras gerações”, conclui o médico.

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