PROTESTE e Covisa constatam falta de higiene em cachorro quente em SP

cachorro quente

Foto: Corbis

A PROTESTE Associação de Consumidores em parceria com a Coordenação de Vigilância em Saúde do Município de São Paulo (Covisa) verificou as condições de higiene de 30 dogueiros que vendem os lanches em veículos, em dez bairros de São Paulo. O Laboratório de Saúde Pública da Covisa, constatou bactérias em 33% dos cachorros quentes analisados.

Segundo a Covisa, o resultado da pesquisa ajudou na elaboração de novas estratégias para a melhoria das medidas a serem tomadas; uma delas é a convocação para o cursos de “Boas Práticas de Alimentos” dos manipuladores, mesmo os que já tenham realizado. Além disso, vai fazer análises microbiológicas nas mãos dos manipuladores dos alimentos contaminados.

Os produtos condenados tinham contaminação por material fecal e que podiam ainda causar intoxicação ou infecção alimentar. Vômitos, diarréia, dores abdominais e febre são alguns dos sintomas que quem ingere esses alimentos contaminados pode apresentar. A contaminação foi indicada pela presença, nos cachorros-quentes, dos seguintes microrganismos: Coliformes fecais e Escherichia coli; Estafilococos coagulose positiva e Clostrídio sulfito redutor .

O consumidor precisa ficar atento aos lanches vendidos por trailers, pois há risco à saúde. Utensílios, superfícies e equipamentos insuficientemente limpos representam um risco de contaminação, especialmente para alimentos cozidos que não serão consumidos imediatamente.

Os alimentos podem ser facilmente contaminados com microrganismos patogênicos, devido as condições inadequadas do local de preparo e conservação do produto, e a falta de conhecimentos de técnicas de manipulação higiênica por parte dos comerciantes. Além disso, a maioria dos estabelecimentos de comércio ambulante não conta com sistema de abastecimento de água tratada, o que dificulta a higienização correta dos utensílios utilizados no preparo das refeições.

Foram realizadas coletas de 30 amostras de cachorro quente (entre janeiro e março últimos) para análise microbiológica, além de aplicação de questionário para avaliação das condições higiênico-sanitárias das instalações do veículo utilizado para a comercialização dos respectivos cachorros quentes e obtenção de informações sobre as práticas de preparação e conservação dos alimentos.

Das 30 amostras analisadas, oito (27%) estavam em desconformidade com a legislação, o que as tornam impróprias para o consumo. E outras duas (7%) apesar de não estarem em desconformidade com a lei, apresentavam microorganismos patogênicos. Totalizando assim, 33% de produtos com bactérias patogênicas.

Cerca de 57% dos dogueiros pesquisados tinham pelo menos um manipulador de alimentos formado pelo curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos ministrado pelas unidades de Supervisão e Vigilância em Saúde (SUVIS). Porém, seis deles forneceram cachorros-quentes contaminados;

  • 73% utilizam pano de prato para secagem de mãos e utensílios;
  • 7% utilizam maionese caseira;
  • Apenas 34% dos dogueiros mantêm a temperatura correta dos alimentos;
  • Apenas 17% oferecem molhos e temperos em recipientes fechados, identificados e protegidos dos riscos de contaminação;
  • Nenhum dos dogueiros utiliza cestos de lixo com tampa acionada por pedais. Isso é mais um foco de contaminação, pois o manipulador pode abrir a lixeira e manipular o alimento em seguida;
  • 50% possuem pia com água corrente tratada.

Veja quais procedimentos e atitudes simples dos comerciantes de cachorros-quentes previnem a contaminação do alimento

Observe a apresentação e comportamento do atendente. Ele não deve manipular alimentos e dinheiro ao mesmo tempo. Os molhos e condimentos (como catchup e maionese) devem ser oferecidos em sachê ou em embalagens fechadas e etiquetadas, mantidas sob refrigeração. A salsicha deve estar armazenada em alta temperatura (acima de 65ºC) e não em temperatura ambiente. Acompanhamentos como milho, ervilha, queijo ralado, purê de batata, molho vinagrete devem estar refrigerados. Não deve haver caixas de madeira ou de papelão na área de manipulação.

O atendente deve ter unhas curtas e limpas; barba feita ou aparada, não deve tossir, espirrar ou falar em cima dos alimentos. Deve usar luvas, que devem ser trocadas após trocar de função – como preparar o cachorro-quente e pegar uma lata de bebida logo em seguida, por exemplo. Deve usar toalha de papel, no lugar de pano de prato para secar utensílios. A lixeira deve ter tampa e acionamento por pedal. Os manipuladores devem usar toucas para evitar que caia cabelo nos alimentos.

Vida Equilíbrio

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