Reumatismo: quem disse que é doença de idoso?

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Segundo o Ministério da Saúde, as doenças reumáticas têm maior prevalência em mulheres entre 30 e 40 anos, mas podem atingir pessoas de qualquer idade com certa frequência. Com sintomas facilmente perceptíveis, identificados por dores musculares e nas articulações, o reumatismo, como é popularmente conhecido, está associado a mais de 100 enfermidades, muitas delas sem causa bem definida.

Portanto, além de desmistificar que reumatismo atinge apenas pessoas mais velhas, é importante difundir que doenças reumáticas é o nome dado ao grupo de enfermidades que acometem o sistema musculoesquelético. Este sistema é composto por músculos, ossos, tendões, cartilagens, ligamentos e, principalmente, as articulações e/ou o tecido conjuntivo, que é responsável pela sustentação do corpo. Dentre as enfermidades reumáticas mais comuns, temos artrite reumatoide, febre reumática e lúpus eritematoso sistêmico (doenças autoimunes), e outras também do tecido conjuntivo, que está presente em todo o corpo, podendo manifestar-se por nefrites, artrites e miosites.

“A febre reumática é mais comum em crianças em idade escolar. Ela é causada por uma infecção estreptocócica prévia, duas ou três semanas antes do início do quadro reumático, que se caracteriza por acometimento de várias articulações e pode acometer outros órgãos, como o coração e válvulas cardíacas”, afirma dra. Patrícia Barinotti, reumatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A médica também explica a importância do tratamento individualizado e com rigoroso acompanhamento de um especialista, pois o uso indiscriminado de algumas medicações pode causar danos irreversíveis ao organismo, como alteração hepática e renal. Os exercícios físicos também são recomendados. O tratamento das doenças reumáticas pode evoluir até para cirurgias, desde que haja grave acometimento da articulação.