Saiba como cuidar do cérebro para ser um idoso saudável e ativo

idoso_aposentadoria_vida_equilibrioO cérebro é um órgão complexo. Ele coordena funções motoras, processa emoções, determina comportamentos e reúne a percepção que temos do mundo para formar nossas memórias. Por estar ligado ao corpo todo, a saúde e a longevidade desse órgão dependem do nosso estilo de vida. Quem cuida do coração já atende a boa parte das necessidades do cérebro. A maioria dos hábitos recomendados para prevenção de doenças cardiovasculares traz benefícios comprovados à mente. Atividade física regular, controle de peso e alimentação balanceada estão entre as principais indicações e são cuidados que se potencializam quando praticados juntos.
Exercícios e dieta ajudam a controlar o peso que, em excesso, aumenta o risco de hipertensão e de acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Essas são duas causas frequentes de acidente vascular cerebral (AVC), doença que causa 18,4 mortes para cada 100 mil habitantes no país por ano, seja pelo rompimento ou pela obstrução do vaso sanguíneo. “Exercícios também evitam microtrombos, que podem reduzir a capacidade cerebral”, alerta o Dr. Antonio De Salles, neurocirurgião do HCor.

Já a dieta balanceada, além de controlar o peso, fornece a combinação de nutrientes necessária ao funcionamento do cérebro. Alguns nutrientes merecem atenção especial, como o ômega-3, que traz benefícios à memória e pode ser encontrado em alimentos como salmão, atum, sardinha, soja e linhaça.
Tais hábitos saudáveis, aliados a tantos outros, reduzem o declínio das funções cerebrais. Contudo, o neurocirurgião ressalta que esse declínio é natural e faz parte do envelhecimento do organismo.

Planos de vida para o idoso

Médicos de diversas especialidades recomendam ter planos para todas as etapas da vida. “A aposentadoria não deve ser vista simplesmente como um período de descanso, e sim como uma época de planos profissionais ou pessoais em outro ritmo, principalmente agora que a expectativa de vida tem aumentado”, ressalta o Dr. De Salles.
A ausência de ocupações, em muitos casos, favorece a depressão, que tem avançado e já atinge 5% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Estudos mostram que as pessoas deprimidas apresentam menor resistência aos ataques cardíacos e às doenças vasculares.
Mesmo sem ambições profissionais, a pessoa pode buscar ocupações que sejam simplesmente prazerosas, como pintura, cursos de jardinagem, artesanato, artes, viagens e outros assuntos que lhe desperte interesse e enriqueçam seu desejo de viver. “Os hobbies beneficiam o humor e ajudam a preservar as conexões entre os neurônios (células do cérebro). Estas, com o envelhecimento, tendem a hipotrofiar ou desaparecerem”, afirma a Dra. Alessandra Gorgulho, neurocirurgiã do HCor.

Mente ativa

É possível desenvolver a inteligência, basta manter a mente ativa. Qualquer atividade que exija das funções cerebrais traz esse benefício, como muitos estudos têm mostrado. “A nossa capacidade de integrar conhecimentos está relacionada à atividade constante da rede neural, que é mais capaz e ativa quando exercitada”, explica o Dr. De Salles.
Na prática, exercitar o cérebro significa buscar mais conhecimento e novos usos das funções estabelecidas. “Procure desenvolver novas capacidades, como falar uma nova língua”, recomenda o neurocirurgião.
“Dirigir um carro, por exemplo, se torna algo tão arraigado com o tempo que nos sentimos confiantes para desenvolver tarefas paralelas enquanto dirigimos”, observa o Dr. De Salles. Embora não recomendado, porque dirigir é uma tarefa dinâmica e pode exigir reflexos não previstos, esse padrão demonstra como a mente pode se acomodar diante de tarefas recorrentes. Para ganhar inteligência, no exemplo da direção, podemos estimular a mente com novos caminhos ou com uma observação mais atenta do que se passa enquanto dirigimos.

A leitura é outro excelente exercício para a mente. Ela estimula a criatividade, a imaginação e trabalha a habilidade linguística. “Traz mais benefícios à mente do que ver televisão”, compara o neurocirurgião.
O médico ainda cita outras atividades que podem estimular o cérebro, como jogar xadrez ou videogame. Ambas, além de representarem um desafio intelectual, também podem proporcionar mais contato com outras pessoas, elemento importante para se manter estimulado e motivado. Em contrapartida, o isolamento pode favorecer a queda de funções cerebrais e a depressão.

Redação Vida Equilíbrio

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