Saiba como encarar a menopausa sem medo
No dia 18 de outubro foi celebrado o Dia Mundial da Menopausa, data criada para alertar as mulheres sobre os cuidados que devem ter nessa etapa da vida. Esta fase é inevitável e, apesar de todas as informações disponíveis atualmente, o tema ainda está cercado de tabus, atemorizando muitas mulheres.
A menopausa é caracterizada pela queda dos níveis de estrogênio, que é o principal hormônio feminino, e pela perda progressiva da fertilidade. A Dra. Angela Maggio Da Fonseca, professora associada da Clínica Ginecológica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, tranquiliza as mulheres ao explicar que é apenas uma nova fase da vida, um sinal de envelhecimento saudável, e que é possível aproveitar os benefícios que o período traz. “Autoestima e bom humor são as palavras-chave para a mulher nessa fase. A atividade sexual pode ser ainda mais prazerosa, por exemplo, pois o risco de gravidez não existe mais. As mulheres ao entrarem na menopausa costumam estar com a vida profissional mais estável e podem se dedicar mais ao seu bem-estar e à sua saúde”, diz a ginecologista.
De acordo com a Dra. Angela Maggio, o acompanhamento médico é fundamental para que os sintomas sejam amenizados, interferindo minimamente na rotina da mulher. Exames como mamografias, exames pélvicos (ultrassom e papanicolau), controle de glicemia, colesterol, vitamina D e cálcio estão entre os principais que a mulher deve realizar nesta fase.
Os sintomas que identificam o período podem variar de acordo com cada organismo e estilo de vida das mulheres, porém os principais sinais são as famosas ondas de calor ou fogachos, insônia, irritabilidade, a mucosa da vagina torna-se mais fina podendo ocasionar a diminuição da lubrificação e consequentemente dor durante as relações sexuais, maior ocorrência de infecções urinárias ou corrimentos por conta da alteração do pH local. A proteção cardiovascular também fica comprometida devido à queda dos níveis de estrogênio. “Esse hormônio promove a dilatação das paredes das artérias e aumenta a produção do HDL, o colesterol bom, evitando a formação de placas de gordura. Por isso é importante controlar outras doenças como diabetes, hipertensão arterial e tabagismo, uma vez que o risco de uma doença cardiovascular como infarto do miocárdio já é maior nesse período”, reforça a Dra. Angela.
A terapia hormonal é a forma de tratamento mais utilizada, pois é a única que além da eficácia no alívio dos sintomas, também protege contra a perda de colágeno, conserva a massa óssea e reduz o risco de fraturas por osteoporose.
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Redação Vida Equilíbrio