Saliva pode limpar a sujeira das chupetas e reduzir o risco de alergias infantis?

Qualquer pessoa que tenha uma criança que usa chupeta já enfrentou a seguinte situação:

O bebê deixa a chupeta cair da boca.
A chupeta atinge chão.
O bebê começa a chorar…
É neste momento que surge a pergunta: como restaurar o estado de higiene da chupeta, de maneira rápida, para colocar um fim aos gritos do bebê?
Você pode lavá-la cuidadosamente na pia…
Você pode até ferver em água quente para matar os germes…
Mas talvez, você seja uma mãe atormentada pelo outro filho que esfolou o joelho em uma queda ou por um chefe bravo que a está aguardando. Ou, ainda, você pode estar num parque ou num ônibus, sem acesso aos materiais de desinfecção.

Em todos esses casos, você pode limpar a chupeta rapidamente, apenas chupando-a para remover todos os detritos, antes de restaurá-la para a criança.
Se a sugestão acima opção for a mais tentadora para você, certamente você corre o risco de levar um sermão das autoridades médicas. O site da Clínica Mayo ensina a limpar a chupeta fervendo-a, colocando-a na máquina de lavar louça ou lavando-a com água e sabão.
A vida toda você ouviu que devia resistir à tentação de limpar a chupeta em sua própria boca, pois assim, só estaria espalhando mais germes para o seu bebê. Assim, muitos pais evitam fazer isso a todo custo. Outros fazem, mas se sentem culpados por isso. (E isso não é entrar na questão de saber se bebês e crianças devem usar chupetas…).
Lamber a chupeta ou o brinquedo de mastigação do bebê cai na categoria de opções dos pais que são racionalizadas como “não criminalmente negligentes ou terrivelmente imperdoáveis”.
Acontece que os pais que reprimem seus sentimentos de culpa podem suprimir alguma outra coisa também: certas doenças que afligem as crianças. Um novo estudo publicado na revista Pediatrics indica que a sucção da chupeta pelos pais do bebê pode reduzir o risco de desenvolvimento de alergia, possivelmente através da estimulação imunológica por micróbios transferidos para a criança através da saliva do pai. Em outras palavras, o estudo diz que os germes que estão na boca dos pais não podem espalhar doenças, mas preveni-las, dando algo útil ao sistema imunológico da criança para fazer.

Segundo o artigo publicado no Pediatrics, as crianças cujos pais tomaram o “caminho do menor esforço” apresentavam 88% menos probabilidade de desenvolver asma e 63% menos probabilidade de desenvolver eczema. Elas também tinham menos alergias alimentares.

“A revelação não é totalmente surpreendente. O excesso de esterilidade pode sair pela culatra. Os cientistas notaram que certas alergias se tornaram mais comuns quando os ambientes das crianças tornaram-se mais limpos. Ao implantarmos um estilo de vida excessivamente desinfetado, por um longo prazo, nossos corpos já não precisam mais combater os germes, como faziam antes”, explica o pediatra Moises Chencinski.

A descoberta pode ser um alívio para muitos pais que ficam aquém em relação aos padrões oficiais da perfeição e da higiene. “Mesmo assim, esse é preciso destacar que este é o resultado de apenas um trabalho realizado sobre o assunto, que leva em conta somente algumas das patologias que podem ser transmitidas pela saliva e pelas secreções dos adultos para crianças”, observa o pediatra.

Chencinski destaca que “vale lembrar que grande parte das infecções virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias (para ficarmos entre as mais comuns) podem ser transmitidas através da saliva dos pais e, dessa forma, infectar crianças saudáveis, ainda sem a proteção completa oferecida pelo sistema imunológico em formação nos bebês e em crianças até dois anos de idade”.

Redação Vida Equilíbrio

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