Sessões de hipnoterapia, pacientes modificam a percepção do evento traumático

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Não há dúvidas de que a perda de um ente querido é sempre muito triste. Nas últimas semanas, todos nós compartilhamos a dor do atual Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que perdeu o seu filho tão repentinamente em um acidente de helicóptero. Sentimos também a tristeza de Terezinha Ferreira, mãe do garoto Eduardo, de apenas dez anos, que foi morto pela Polícia em uma operação no Complexo do Alemão, um conjunto de favelas no Rio de Janeiro.

Fatos como esses acontecem diariamente, deixando famílias sem chão, muitas vezes sem forças para seguir adiante. Segundo Sigmund Freud, fundador da Psicanálise, “o trabalho do luto é descrito como um estado psicológico dinâmico”, em que após a perda de alguém a quem estávamos ligados, o nosso sistema nervoso fica temporariamente desorganizado.

“Em termos cognitivos, a pessoa que trabalha o luto, esgota todo o sofrimento que ele continha”, destaca a psicóloga Vânia Calazans, especializada em Hipnoterapia Cognitiva. O “trabalho de luto” é o tempo necessário para que o equilíbrio pessoal seja restabelecido. “Este espaço de tempo, desde que não seja muito prolongado, geralmente reforça o organismo”, diz.

Conforme a especialista explica, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma importante contribuição para o alívio dos sintomas gerados pela perda repentina. Segundo a TCC, os comportamentos são regidos pelos pensamentos, que nesse caso específico, na maioria das vezes, apresentam-se disfuncionais, desadaptativos, causando sofrimento intenso aos familiares, inabilitando e incapacitando a reorganização de suas vidas.

“Por meio da Hipnoterapia Cognitiva, um instrumento utilizado pela TCC para facilitar o tratamento e encurtar o sofrimento patológico (sofrimento prolongado que pode levar à depressão), o paciente consegue reconstruir a sua experiência a respeito da perda, adotando uma postura ativa na construção de seu próprio processo. Dessa forma, ele consegue modificar a sua percepção do evento traumático”, ressalta Dra. Vânia.

A hipnose se utiliza de diferentes técnicas para facilitar a vivência do luto, o que possibilita ao paciente dar um novo significado a sua perda para que a sensação de medo, vazio e ansiedade associado ao trauma, deixe de se manifestar. “Isso é possível, porque quando o paciente está em estado alterado de consciência, conseguimos perceber o seu trauma sobre outro ponto de vista, olhando para a perda e para os problemas de uma forma mais construtiva”, conclui.

De acordo com Colin Murray Parkes (1998), o luto normal é uma resposta saudável a um fator estressante que é a perda significativa de um ente querido. Quando se refere a uma resposta saudável, implica na capacidade de expressar a dor. Seja reconhecendo, reajustando e investindo em novos vínculos.

A Hipnose

Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, Psicologia, Odontologia, entre outros, o tratamento por hipnose reúne um conjunto de técnicas que visa melhorar a saúde física e emocional dos indivíduos, elevando a capacidade de resposta às sugestões para a alteração de pensamentos, sentimentos, comportamentos, ou estados fisiológicos. A hipnose não é  um tratamento em si, mas um procedimento que pode ser utilizado para facilitar outros tipos de terapias e tratamentos, tornando-os mais breves e eficazes (American Psychological Association, 2009).

Vida Equilíbrio

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Quando em excesso, qualquer coisa faz mal. Por isso sempre dizemos que equilíbrio é a palavra chave. Nós, do Vida Equilíbrio, queremos informar a melhor maneira de atingir o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dicas de saúde e bem-estar estão aqui para te ajudar a levar uma vida mais equilibrada e feliz.

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