Sinusites, amigdalites e otites mal cuidadas podem evoluir para meningite bacteriana

criança com alergia/gripe

Foto: Corbis

A incidência de sinusites (inflamação das mucosas dos seios da face), amigdalites (inflamação nas amígdalas) e otites (inflamação no ouvido) aumenta nesta época do ano com as baixas temperaturas e, quando não são bem tratadas, podem evoluir para meningite bacteriana. Isso ocorre pela proximidade dos órgãos com as meninges (membranas que envolvem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central).

A meningite viral apresenta quadro mais leve e os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados. Atinge principalmente crianças, que têm febre, dor de cabeça, rigidez da nuca e inapetência. Após exames que comprovem a meningite viral, é preciso esperar que o caso se resolva sozinho, como em outras viroses.

A meningite bacteriana é mais grave que a viral, devendo ser tratada imediatamente com antibióticos específicos. Os agentes causadores são as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos, como as sinusites, amigdalites e otites. “Os sintomas são: febre alta, mal-estar, vômitos, dor de cabeça, rigidez e dor no pescoço e fotofobia (intolerância à luz)”, enfatiza o médico de família, Dr. Alfredo Salim Helito.

A meningite meningocócica é altamente contagiosa e a mais séria porque há risco de infecção generalizada (meningococcemia). Os sintomas são os mesmos da bacteriana, além de manchas vermelhas pelo corpo. “Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando pelo sangue. Neste caso, a doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem e comprometimento cerebral. Tem início repentino e evolução rápida, podendo levar ao óbito em menos de 24 horas”, explica o clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

Mais raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose. Exigem tratamento prolongado à base de antibióticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa.

“A transmissão da meningite se dá através da saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório. Crianças de até 6 anos, idosos e imunodeprimidos têm mais chance de se contaminar”, afirma o Dr. Salim.

As vacinas da meningite fazem parte do calendário básico de vacinação da criança, são gratuitas e devem ser administradas nos postos de saúde até os 15 meses. “Infelizmente ainda não existe vacina para todos os tipos de meningite, o que facilita as epidemias da doença que ocorrem todos os anos”, destaca o clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

O Dr. Alfredo Salim Helito orienta a população que lave as mãos com frequência, especialmente antes das refeições; evite o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados; mantenha o sistema imunológico fortalecido; evite locais fechados e aglomerados e nunca tome remédios sem prescrição médica.

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