Sol de inverno pode desencadear mais doenças de pele

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Foto: Corbis

O sol é responsável por 80% do envelhecimento da pele. Por isso, o uso diário de protetor solar é recomendado pelos dermatologistas como essencial para garantir uma pele saudável e livre de manchas, doenças cutâneas e o envelhecimento precoce.

Os especialistas alertam, porém, que o produto não deve ser esquecido em épocas mais frias ou em dias nublados. Isso, porque, apesar do sol ser o principal fator de agressão à pele, em cada estação há um agravante que potencializa o dano. “No outono e inverno, por exemplo, o clima seco faz com que a água das camadas superiores da pele evapore, deixando-a com a sensação de desidratação e estiramento, levando a descamação (casos de desidratação intensa e ressecamento)”, explica a dermatologista Erica Monteiro, da Unifesp.

A médica lembra ainda que a radiação UVA, diferentemente dos raios UVB, é constante o ano todo, inclusive no inverno, sendo uma das principais causas de envelhecimento precoce e câncer de pele. “O UVA é difícil de ser bloqueado. Ele passa pelas roupas, vidro, nuvens e atua também nos dias frios e nublados, mesmo quando a pessoa não sente a sensação de queimadura. Por isso, recomendamos o uso dos filtros solares o ano todo, principalmente os que tenham ação contra o UVA.”

A pele seca sofre ainda mais porque o ressecamento e a desidratação diminuem as defesas da pele e sua capacidade de regeneração. Filtros solares com hidratante reforçam essas defesas e diminuem a agressão.

Cuidados com a pele

No inverno, há outro agravante: o banho demorado e a água quente do chuveiro removem o manto lipídico – camada natural da pele que mantém a água dentro das células, evitando que as mesmas se desidratem e ressequem muito. A falta desse manto pode ainda favorecer o aparecimento de alergias e doenças inflamatórias.

Para evitar o super ressecamento da pele e certas doenças, é preciso evitar banhos demorados, priorizar a água morna e a aplicação de um hidratante após o banho. Nas áreas em que a exposição solar é constante mesmo no frio (rosto, pescoço, colo, mãos), recomenda-se o uso de filtro solar com poder hidratante. “Existem produtos que têm o ácido hialurônico, que tem alta capacidade de hidratação, pois retém cerca de mil vezes seu peso em água. Com isso, a pele fica hidratada e sem a aparência pegajosa e oleosa”, ressalta a dermatologista.

O clima frio também propicia a manifestação da dermatite seborreica, que pode ser leve (aparecendo como caspa) ou intensa, com escamas no corpo, no rosto e no couro cabeludo. Nos casos leves, o uso de filtros solares com a vitamina B – niacinamida- não deixa a pele oleosa, e ainda controla a oleosidade corporal, o que permite seu uso por quem tem dermatite seborreica no rosto. Nos casos moderados ou graves, o correto é procurar um dermatologista para o tratamento.

Durante a primavera e o verão, o clima costuma ser quente e úmido na maioria das regiões. As altas temperaturas elevam também a temperatura na superfície da pele, o que aumenta o metabolismo celular e também o das glândulas sebáceas, aumentando a produção de sebo e o surgimento de acne, especialmente, no caso da pele oleosa.

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