13 de junho de 2015 | Saúde

Sol: de vilão a mocinho

O que antes era visto como benéfico, agora pode ser a causa de uma série de doenças. Isso porque a carência de vitamina D - produzida pela pele em resposta à exposição aos raios ultravioleta - já é considerada uma epidemia e atinge mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

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Ele sempre teve fama de mau. Por isso, aprendemos a fugir dele. Além disso, o estilo de vida moderno, em que passamos a maior parte do tempo em ambientes fechados, contribui para nos manter longe do sol. Mas o que antes era visto como benéfico, agora pode ser a causa de uma série de doenças. Isso porque a carência de vitamina D – produzida pela pele em resposta à exposição aos raios ultravioleta – já é considerada uma epidemia e atinge mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. “Vivemos uma época de super proteção ao sol. A maioria não sabe, mas alguns hábitos modernos, como dirigir sempre com os vidros fechados, evitar o sol ao máximo e até mesmo passar protetor solar em excesso, prejudicam a síntese da vitamina D”, explica o bioquímico Marcos Kozlowski, responsável técnico do LANAC – Laboratório e Análises Clínicas.

Os benefícios do pré-hormônio na prevenção de doenças ligadas aos ossos, como raquitismo infantil e a osteoporose, já são conhecidos e comprovados, mas agora, novas pesquisas relacionam os baixos níveis de vitamina D com o aumento dos casos de câncer, depressão, diabetes e outros distúrbios. “O exame que mede a concentração da vitamina D no organismo, antes deixado de lado por muitos, já teve aumento de 50% nas solicitações no último ano”, revela Kozlowski.

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia pode servir de alerta. O estudo revelou que as mulheres do sul do Brasil são as que apresentam maior deficiência da substância no organismo (77% das curitibanas acima de 50 anos sofrem com a carência de vitamina D). Durante o outono – com a predominância de dias cinzas e nublados – é preciso ficar ainda mais atento aos níveis do pré-hormônio no organismo.

Alguns alimentos podem fornecer a vitamina D, como peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), cogumelos, gema de ovo, sucos e cereais enriquecidos artificialmente. Mas a exposição ao sol continua sendo a melhor forma de se obter vitamina D. “É claro que não podemos esquecer que as radiações solares provocam manchas e apressam o envelhecimento, além de constituir a principal causa do câncer de pele. Mas ficar exposto ao sol, sem protetor solar, durante 15 minutos, já é capaz de garantir uma boa dose de vitamina D”, recomenda o bioquímico.

Banho de sol

Depois de muito observar a saúde das crianças, o tipo de vitaminas que os médicos orientavam incluir na alimentação dos alunos e a preocupação das famílias com o possível déficit de vitamina D, a Escola Atuação criou momentos para o banho de sol. Desde 2013, a escola estabeleceu horários fixos para os alunos do integral tomarem banhos de sol, com duração de 50 minutos: todos arregaçam as calças e as mangas das blusas, tiram o tênis e meias para ficarem expostos ao sol. No Atuação, cerca de 700 crianças permanecem no período integral e participam dos banhos de sol no contraturno.

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