Tabagismo na gestação: como faço para deixar o cigarro?
Todos nós ficamos boquiabertos com algumas imagens tristes e assustadoras que circularam pela Internet recentemente mostrando o comportamento de bebês ainda na barriga, no momento em que as suas mães fumam. Que são inúmeros os riscos que o tabagismo traz para o bebê durante a gravidez e amamentação, nós já sabemos. O que pouco se comenta, no entanto, é como fazer para deixar o cigarro e evitar tais malefícios.
“Indico sempre às minhas pacientes que parem de fumar pelo menos seis meses antes da gravidez. Mas nem sempre isso é possível. Algumas estratégias simples podem ser fundamentais para eliminar ou pelo menos diminuir o fumo”, destaca Dr. Fabio Cabar*, médico especialista em Reprodução Humana. Conforme ele explica, durante a gravidez, é mais difícil deixar o cigarro pois este processo gera ansiedade. Há, no entanto, algumas dicas que podem ajudar as futuras mamães a enfrentar este período e evitar que o seu bebê sofra com o fumo: São elas:
– Procure ocupar as mãos com atividades manuais e prazerosas como artesanato, pintura, bricolagem ou mesmo com um bom livro;
– Sempre que der vontade de fumar, procure se distrair com outra coisa;
– Tire de casa, do carro e do trabalho todos os objetos relacionados ao cigarro;
– Beba um copo de água sempre que tiver vontade de fumar;
– Tenha sempre à mão uma bala sem açúcar e pedaços de gengibre para mascar sempre que der muita vontade de fumar;
– Evite situações ou alimentos que instiguem o fumo, como café, saídas a bares com uma turma onde todos fumam;
– Pratique exercícios e atividades relaxantes.
De acordo com o Dr. Fabio, caso a gestante não consiga parar de fumar sozinha, é preciso procurar ajuda de um especialista. Segundo pesquisas recentes, o fumo aumenta em pelo menos 40% as chances de um recém-nascido – entre três meses e 24 meses de idade – ter problemas de desenvolvimento.
Para o bebê que ainda está na barriga, independentemente do número de cigarros que a gestante fume, já está comprovado que este vício aumenta, e muito, as chances de aborto natural, sangramentos, descolamento de placenta e parto prematuro, além de problemas de saúde congênitos para o bebê.