20 de novembro de 2014 | Meio Ambiente, Saúde

Tempo seco prejudica limpeza de vias respiratórias e facilita doenças

Devido a falta de umidade e excesso de poluentes no ar, acúmulo de muco nasal nas vias aéreas pode ser foco de microorganismos ruins à saúde A baixa umidade do ar prejudica as funções respiratórias e deixa o organismo mais vulnerável a viroses e infecções bacterianas. “Com a umidade do ar abaixo do nível ideal, o […]

respirarDevido a falta de umidade e excesso de poluentes no ar, acúmulo de muco nasal nas vias aéreas pode ser foco de microorganismos ruins à saúde 

A baixa umidade do ar prejudica as funções respiratórias e deixa o organismo mais vulnerável a viroses e infecções bacterianas. “Com a umidade do ar abaixo do nível ideal, o muco nasal torna-se mais espesso e o cílios que participam do transporte do muco dos tecidos de revestimento das vias respiratórias, costumam funcionar de maneira menos eficiente. Isso facilita o acúmulo do muco que atua como de depósito de poluentes e de antígenos que podem provocar alergias, infecções e doenças graves no trato respiratório”, reforça a Dra. Tânia Sih, médica otorrinolaringologista e Professora Doutora da Universidade de São Paulo.

O índice ideal da umidade do ar para manter a viscosidade do muco nasal em estado ideal para proteção do organismo é entre 60% e 80%.  No entanto, esses níveis podem descer a 30%, 20% e até mesmo permanecer abaixo de 10%, no outono e inverno. Essa situação configura grande risco às funções respiratórias, torna o muco mais espesso e facilita a anexação de microorganismos prejudiciais à saúde.

Tempo seco no inverno

“Principalmente durante os meses frios no Brasil, quando o tempo costuma ficar mais seco, há aglomeração de pessoas e os ambientes costumam ficar fechados, sem a troca necessária do ar. Esses fatores, somados às particularidades biológicas de cada indivíduo, são grandes facilitadores das viroses e alergias”, diz a médica.

Em grandes centros urbanos, o aumento de poluentes na atmosfera durante o tempo seco pode ser ainda mais danoso ao organismo.  A poeira doméstica e a falta da higiene necessária também costumam potencializar reações alérgicas e doenças respiratórias. “O muco respiratório contaminado, acumulado nas vias nasais, pode ser deslocado aos ouvidos, às cavidades sinusais e para a garganta causando infecções como otites, faringites, traqueites e bronquites”, alerta a Dra. Tânia.

Higienização nasal

Para melhorar o estado das vias aéreas superiores e inferiores durante o tempo seco é importante evitar exercícios físicos ao ar livre nas horas mais quentes do dia, umidificar o ambiente com toalhas molhadas e recipientes com água, tomar bastante água e fazer a constante higienização nasal com substâncias com efeito descongestionante, umidificante e fluidificante.

Em muitas situações, como resfriados, rinites e infecções respiratórias o médico recomendará soluções para limpeza ou higiene nasal. “As soluções para limpeza nasal devem ser isotônicas, contendo água purificada, e 0,9% de cloreto de sódio, de preferência, derivado do sal marinho. Também existem soluções que contêm atomizador, mecanismo que espalha a substância higienizadora como um leque, e torna a limpeza dos canais mais eficaz”, explica a médica. Ela ainda enfatiza que a higienização deve ser feita pelo menos três vezes ao dia e concomitante com a limpeza bucal. Fica até mais fácil lembrar: higiene bucal e higiene nasal. 

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