Terapia de Reposição Hormonal: prós e contras na menopausa

reposicao_hormonal_vida_equilibrioUma das mudanças no corpo que mais assusta as mulheres acima de 50 anos é a menopausa. Aquele calor excessivo “fora de hora”, cansaço, insônia e alterações de humor são os sinais clássicos da última menstruação da vida delas.
A menopausa acontece, geralmente, em meio a uma série de alterações hormonais e físicas, trazendo incômodo, dúvidas e, principalmente, riscos à saúde. Cerca de 10 milhões de brasileiras sofrem esses sintomas, algumas até ficam depressivas nesse período.

Resumidamente, a menopausa é a fase marcada pela interrupção da produção hormonal dos ovários, cessando o processo de ovulação e diminuindo a produção de estrógeno – principal hormônio sexual feminino. Todos os óvulos produzidos no ovário da mulher são originários de células germinativas (folículos), que ficam reservados e usados desde a primeira menstruação (menarca), até a última (menopausa). Porém, as mulheres não são capazes de repor os folículos que já foram descartados e, por isso, em alguma fase da vida delas, elas vão parar de menstruar.
A menopausa ou última menstruação, que costuma acontecer por volta dos 50 anos, ocorre durante climatério, época na qual a capacidade reprodutiva vai deixando de existir. Em geral, o climatério acontece entre os 40 e 65 anos, variando a cada caso.

Terapia de Reposição Hormonal (TRH)

Para ter uma vida sem incômodos na menopausa, a ajuda por meio de remédios é fundamental. Na TRH, a paciente ingere pequenas doses de estrogênio – hormônio em falta no corpo – para aliviar os principais sintomas que essa deficiência hormonal proporciona: o mau humor e os fogachos que, por aparecer mais no período noturno, atrapalham o sono.
Atualmente, este é o tratamento mais eficaz. “Além de atender às necessidades da mulher, ele também agrega benefícios à saúde. A reversão dos sintomas é imediata. Ao ingerir as primeiras doses, as pacientes passam a dormir melhor e ficam menos cansadas. Há dois sintomas que demoram um pouco mais para melhorar, que é secura da mucosa vaginal e a alteração do metabolismo ósseo, podendo desenvolver a osteoporose. Mas é importante ressaltar que todos são atenuados”, diz dr. César Eduardo Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

A progesterona ou substâncias com efeito similar ao da progesterona também costumam ser indicados, particularmente nas mulheres que têm os seus úteros intactos quando chegam à menopausa.. O hormônio é adicionado ao estrogênio para proteger o revestimento do útero (endométrio) e reduzir o risco de câncer no local. Entretanto, se por alguma razão as mulheres foram submetidas à cirurgia para a retirada dos seus úteros, não existe a necessidade de acrescentar este segundo hormônio, podendo nestes casos administrar-se apenas os estrogênios.
De acordo com o dr. César Eduardo, o custo do tratamento varia de acordo com o processo de inovação tecnológica. “As terapias antigas são mais acessíveis, e giram em torno de 20 ou 30 reais por mês, mas existem medicações que custam até 100 reais”.

A Terapia de Reposição Hormonal é algo simples, mas deve ser prescrita e acompanhada por um especialista. “O tratamento é feito por tempo indeterminado. O médico é quem decide quando deve parar. Nós começamos quando a mulher apresenta os primeiros sintomas. Não existe uma idade ideal, mas, normalmente, as pacientes que aderem à terapia têm entre 48 e 50 anos”, explica o ginecologista.
O efeito mais temido pelo uso constante da reposição hormonal é o câncer de mama. Entretanto, nos dias atuais, este risco é muito pequeno e não deve desencorajar as pacientes a fazerem este tratamento para obter os seus benefícios e melhorar muito a sua qualidade de vida.

Terapias alternativas

As mulheres que recorrem a terapias alternativas possuem alguma contraindicação médica para os tratamentos medicamentoso convencionais ou não aceitam o tratamento à base de hormônios.
“Os fitoestrogênios são um grupo de substâncias encontrado nas plantas, muito parecido com o estrogênio. É uma versão ‘mais fraca’, então, o resultado não é o mesmo da terapia hormonal. Os efeitos, ainda que menores em comparação ao tratamento com os estrogênios, podem ser satisfatórios na diminuição do calor, no cansaço e na alteração do humor. Já as mulheres com contraindicação hormonal não devem optar por estas substâncias”, diz o presidente da SOGESP.

Redação Vida Equilíbrio

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