30 de janeiro de 2015 | Saúde

Teste de creatinina impede o desenvolvimento de doenças renais

É um exame de baixo custo e faz parte dos procedimentos cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para as mulheres grávidas, medir os índices de creatinina no sangue é fundamental para evitar complicações durante a gestação

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A dosagem de creatinina no sangue é um instrumento valioso para diagnosticar precocemente doenças renais. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que existem 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 6% ao mês e um gasto anual somente com a terapia renal substitutiva (hemodiálise e diálise peritoneal) de mais de R$ 2,2 bilhões.

A inclusão da creatinina no pedido de exame de sangue pode impedir e retardar o avanço da enfermidade, que causa a morte de 15% de pacientes em diálise por ano, já que 70% descobrem a doença tardiamente. Simples e eficaz, o exame pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), assim como os testes de colesterol, glicose e outros exames de sangue comuns e importantes para a prevenção de doenças crônicas.

Os dados alertam também para as complicações nefrológicas na gestação. Segundo Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN, em uma gravidez normal, a mulher tem uma queda na dosagem de creatinina no sangue. “Qualquer elevação nessa dosagem significa uma gestação de alto risco, com possibilidade de complicações graves para a mãe e o feto”, afirma.

No caso de grávidas portadoras de diabetes, hipertensão, glomerulopatias (doenças que acometem os glomérulos, que são estruturas constituídas por um tufo de capilares sanguíneos) e qualquer alteração na função renal necessitam de acompanhamento e controle médico rigoroso.

“Medir os índices de creatinina no sangue é uma maneira simples de saber se os rins estão funcionando normalmente. A insuficiência renal é uma doença silenciosa em que os sintomas se manifestam em estágios avançados, na maioria das vezes já em fase de diálise ou transplante renal”, afirma Rinaldi.

A creatinina é um metabólito que circula pelo sangue e serve como um marcador do funcionamento dos rins, sobretudo para avaliar sua capacidade de filtração. A sua alteração aumenta o risco de mortalidade por causas cardiovasculares. A presença da creatinina no organismo apresenta uma variação em relação ao sexo e ao volume de massa muscular.

A sua concentração no sangue é maior nos homens e nos atletas. Nas mulheres, crianças e idosos, a concentração sanguínea é proporcionalmente menor. A quantidade de creatinina aumenta à medida que ocorre a diminuição da função dos rins. Por isso, são utilizados como marcadores da função renal. Os aumentos se tornam significativos quando existe uma perda de mais de 50% da função dos rins.

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