Tricodermatoscopia

Tricodermatoscopia_vida_equilibrioQuem tem cabelos cacheados muitas vezes deseja alisá-los, por meio de métodos (nem sempre confiáveis) que mantêm os fios “esticados” por meses; ou, então, se os têm lisos, deseja dar volume. Há também quem prefere alterar a cor com procedimentos rápidos. A possibilidade de modificar os cabelos de forma simples, fácil e quase que imediata, no entanto, tem gerado alguns exageros que podem interferir na saúde do couro cabeludo e gerar alterações na qualidade da haste capilar.

Para ajudar a identificar os problemas de saúde capilar causados pelo uso inapropriado de cosméticos (químicas) ou por outros fatores orgânicos existe a Tricodermatoscopia, que é uma análise microscópica do couro cabeludo, dos cabelos e da dinâmica de crescimento dos fios, sem a necessidade de remoção do cabelo. É realizada de maneira semelhante à dermatoscopia, sendo capaz de identificar problemas do couro cabeludo e do folículo pilossebáceo.

“A Tricodermatoscopia se refere a um exame realizado em paciente com problemas no couro cabeludo, no qual se usa um microscópio óptico com luz polarizada com uma lupa acoplada a uma lente com capacidade de aumento de até 200% da área analisada”, conta Dr. Francisco Le Voci,  mestre em Dermatologia e diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

Doenças detectadas

Por não ser invasiva, pois é um exame de imagem, essa técnica reduz possíveis traumas ou a ocorrência de dor e permite identificar uma variedade de problemas que, anteriormente eram diagnosticados somente por meio de biópsia ou do tricograma (retirada dos fios de cabelo através de tração). “Dentre os problemas que podem ser identificados com a Tricodermatoscopia estão alopecias areata e androgenética, liquen plano (doença inflamatória crônica que afeta mucosa e pele), foliculite decalvante (infecção dos folículos pilosos), tricoticomania, doenças inflamatórias do couro cabeludo, tumores específicos dessa região que podem levar a alterações da haste capilar e afinamento do fio. Esta técnica permite uma visualização mais definida do fio de cabelo e da área que está sendo submetida à avaliação clínica. Este exame também permite ver coloração e espessura da haste”.

Por meio da Tricodermatoscopia, que também diagnostica alterações relacionadas às diferentes causas da queda de cabelo, é possível fazer o estadiamento clínico da calvície e realizar o acompanhamento da eficácia do tratamento. “Com esse exame é possível observar se a queda de cabelo irá evoluir para uma calvície ou se ela é temporária e com isso poder indicar o tratamento mais adequado para o paciente”, explica Dr. Le Voci.

Exame complementar

Com a evolução da tecnologia aplicada à medicina, a Tricodermatoscopia representa um grande avanço dentro da dermatologia capilar, porque ela pode complementar o diagnóstico clínico de forma indolor e sem a necessidade de extrair uma pequena amostra do tecido que reveste o couro cabeludo. “Este exame é feito no consultório dermatológico e pode ajudar a detectar ulcerações na haste capilar e permite uma avaliação completa sobre a espessura do fio e de como está o estado orgânico do folículo piloso”.

De acordo com o diretor da SBCD, a Tricodermatoscopia também possibilita avaliar a eficácia do principio ativo de um shampoo e outros tratamentos tópicos do couro cabeludo. “Este método pode ser usado aumentar a visualização do couro cabeludo e do fio, e capitar imagens com grande definição que poderão ser salvas para posterior avaliação do tratamento prescrito para o paciente”, finaliza Dr. Francisco Le Voci.

Redação Vida Equilíbrio

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