Viagens aéreas e saúde respiratória

pulmões

Foto: Corbis

O verão é sempre um momento propício para as viagens mais longas. Com tantos detalhes para se preocupar, a saúde acaba esquecida e muitos pacientes viajam sem tomar as devidas precauções.

Um questionamento comum sobre viagens aéreas refere-se à possibilidade de infecções ou outras complicações durante o vôo por conta da qualidade do ar nas aeronaves.

“As pessoas podem ficar tranquilas com relação a isso, pois o ar que circula no interior dos aviões atravessa filtros de alta eficiência. São raros os casos de doenças transmitidas em viagens aéreas”, informa o dr. Carlos Alberto de Castro Pereira, da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

As cabines das aeronaves são ajustadas com pressões abaixo daquelas observadas na atmosfera, ao nível do mar. Isto resulta em ambiente suficientemente adequado para aqueles que não têm doenças respiratórias.

“A baixa umidade pode gerar uma crise de asma ou agravamemento de rinites e otites. Nos pacientes portadores de bronquite crônica ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além da maior possibilidade de fechamento dos brônquios (broncoespasmo), a preocupação principal está relacionada à queda do oxigênio do sangue”, alerta.

Uma consulta desses pacientes ao pneumologista antes das viagens é essencial. “Dessa forma, é fornecido um relatório contendo o diagnóstico e pontuando a eventual necessidade do uso de medicações e de oxigênio na cabine”, afirma o dr. Carlos.

Principais problemas durante o vôo

Gestantes, portadores de doenças cardíacas, mulheres que usam anticoncepcionais e obesos devem fazer uso de meias elásticas durante o vôo.

Em casos extremos, o longo período de tempo em que o passageiro permanece imóvel pode favorecer trombose venosa e o tromboembolismo pulmonar. Nesta situação, formam-se coágulos que podem se desprender e atingir os pulmões por meio da corrente sanguínea, causando embolia pulmonar e oferecendo risco de morte.

“Pacientes com tumores, trauma ou cirurgia recente podem necessitar de prevenção através de injeções de heparina subcutânea”, ressalta o especialista.

Para prevenção, ele sugere que as pessoas se movimentem frequentemente e utilizem meias elásticas de média compressão.

Outro quadro possível é o pneumotorax, principalmente naqueles pacientes que apresentam doenças císticas pulmonares ou enfisema. Trata-se da expansão e consequente rompimento de cistos e bolhas pulmonares para dentro da caixa torácica, devido à diminuição da pressão dos gases dentro da cabine.

“Pacientes que já apresentaram pneumotórax não devem viajar sem autorização médica. O mesmo vale para portadores de doenças que produzem cistos pulmonares, que podem se romper pela despressurizarão. Nestes casos, é preciso encaminhar à companhia aérea uma declaração por escrito relatando a doença e orientando para os sintomas pneumotórax”.

Vida Equilíbrio

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