Você sabe como está a sua fertilidade?
A maioria das mulheres, que vive nas grandes cidades, dá prioridade à carreira e aos estudos. Com esse foco, não sobra espaço para a maternidade, que fica em segundo plano. O problema é que a idade influencia na fertilidade. Aos 40 anos, as chances de uma mulher conseguir engravidar é 80% menor em comparação a uma de 35. Mas, existem maneiras de analisar a reserva ovariana. Desse modo, é possível ter uma ideia de quantos anos de vida reprodutiva a mulher ainda tem.
De acordo com a diretora da Clínica Invita, especialista em reprodução humana e membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Graciela Morgado, é importante fazer um check up para identificar as situações que colocam em risco o potencial reprodutivo. “Este exame permite que a mulher faça um planejamento da gravidez. Por exemplo, caso seja constatado uma redução da reserva de óvulos nos ovários e a paciente ainda não tem o desejo de engravidar, uma das indicações existentes é o congelamento de óvulo”, afirma.
O teste, que avalia a produção hormonal, é feito pelo exame de sangue. “O objetivo é dosar hormônios, entre eles, o de maior importância é o hormônio antimulleriano (AMH) que revela a real reserva ovariana que a mulher apresenta”, explica a especialista.
Para completar o check up é necessário fazer a ultrassonografia pélvica e uma pesquisa de agentes infecciosos como, a Chlamydia que leva à infertilidade através da obstrução tubária. “Os exames laboratoriais e de imagens devem ser repetidos a cada dois anos em mulheres a partir de 25 anos e anualmente a partir dos 30 anos”, ressalta a ginecologista.
A médica destaca os riscos da gravidez tardia. “O número de abortos e malformações sobem consideravelmente com a idade da mulher. No entanto, o diagnóstico de centenas de síndromes pode ser feito através de técnicas modernas antes mesmo da gestação acontecer”, diz Dra. Graciela. Além disso, há outros fatores que podem comprometer a fertilidade como: peso inadequado, tabagismo, endometriose, ovário policístico, entre outros.
Vale salientar que adiar a gestação tem também o lado positivo, como um maior amadurecimento, melhores condições financeiras e planejamento familiar. Para o casal que pretende ter filhos bem mais tarde, há alternativas de preservação da fertilidade e técnicas de reprodução assistida.