Você sofre de Dor de Cabeça?

Fonte: Corbis

A dor de cabeça ou cefaleia atinge 15 por cento da população que procura atendimento médico, segundo pesquisas internacionais. No entanto, dados recentes mostram que esse índice pode ser muito maior se forem incluídos todos os tipos de dores na cabeça e na face. No “Ano Mundial Contra a Dor de Cabeça” (2012), alertas e discussões sobre o tema são abordados, a fim de levar informações a quem sofre com esse problema.

A cefaleia pode afetar crianças e adultos de qualquer idade, atrapalhando o rendimento escolar e profissional e prejudicando a qualidade de vida, além do funcionamento do organismo. “A cada 100 pessoas que procuram o consultório médico cerca de 20 se queixam de dor de cabeça”, avalia o Dr. Alfredo Salim Helito, clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

O médico de família explica que a dor pode ser forte, fraca, frequente ou esporádica e, quando começa, a alternativa mais comum é recorrer ao analgésico. Como o efeito desses medicamentos parece imediato, as pessoas se automedicam e têm a impressão de que tudo está resolvido. Entretanto, no outro dia, a dor volta e o analgésico é ingerido novamente e assim por diante.

“Esta prática é totalmente inadequada porque o consumo excessivo de analgésicos pode cortar o efeito deles e desencadear a dor de cabeça causada pelo próprio medicamento”, explica o Dr. Salim. “Quando os analgésicos são ingeridos com frequência deixam de ser um método de alívio para se tornar um problema crônico diário”, detalha o médico de família.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, metade da população mundial toma remédio sem prescrição médica. No Brasil, 20 mil pessoas morrem por ano devido à ingestão de medicamento por conta própria.

O Dr. Alfredo Salim Helito enfatiza que quem sofre de algum tipo de cefaleia deve procurar um médico para que sejam avaliados os sintomas e indicado o tratamento correto. “As dores de cabeça têm características diferentes, como intensidade, frequência e localização, e se dividem em mais de 150 tipos catalogados pela Sociedade Internacional de Cefaleia”, explica o clínico geral.

A cefaleia crônica pode ter ligação com o mau funcionamento dos sistemas muscular, vascular ou nervoso. A maioria é de origem muscular. Uma porcentagem menor das dores de cabeça pode ser causada por traumas, tumores e lesão do tecido, a chamada cefaleia aguda.

Entre as cefaleias crônicas está a enxaqueca – doença neurovascular – que atinge o sexo feminino em maior número. “As mulheres sofrem mais de enxaqueca por causa do desequilíbrio hormonal durante as fases da vida, como a menstruação e a ingestão de pílulas anticoncepcionais”, afirma o Dr. Salim.

Uma crise típica de enxaqueca é reconhecida pela dor que envolve metade da cabeça, piora com qualquer atividade física e está frequentemente associada à náusea, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até 72 horas.

As dores de cabeça também podem estar relacionadas à tensão, estresse, cansaço, jejum, alguns alimentos, visão, hábitos posturais, pressão alta, gripe, sinusite, meningite, dengue, Articulação Temporo-Mandibular (ATM), Acidente Vascular Isquêmico ou infarto cerebral e Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico ou derrame cerebral, a maior causa de mortes no Brasil.

Os sinais que diferenciam um AVC de cefaleia são: dor de cabeça súbita e sem causa aparente; fraqueza nas pernas, na face e nos braços; perda repentina de audição e dificuldade para enxergar ou andar; confusão mental súbita e dificuldade para falar e compreender outras pessoas. “Nesse caso, o paciente ou familiares devem buscar socorro médico imediatamente”, alerta o Dr. Alfredo Salim Helito, médico de família e clínico geral do Hospital Sírio-Libanês.

Redação Vida Equilíbrio

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