Derivados de soja devem ser ingeridos com cautela pelas crianças

Os produtos de soja caíram no gosto popular, mas quando se trata de crianças, os pais devem dobrar a atenção. Além de não conter a mesma quantidade de cálcio que o leite de vaca, o leite ou os sucos da leguminosa têm quantidades elevadas de fitoestrógenos, um homólogo do estrógeno – hormônio feminino.

E, de acordo com a gastroenterologista pediátrica Izaura Ramos Assumpção, do Hospital Infantil Sabará, estudos internacionais recentes mostraram que esse componente tem feito com que meninas entre 5 e 7 anos desenvolvam as mamas precocemente.

Outra pesquisa, envolvendo 2.930 meninas por pesquisadores da Avon Longitudinal Study of Parents and Children, nos Estados Unidos apontou que as crianças que consumiram soja em sua dieta tiveram 25% de mais chances de ficarem mocinhas antes do que as que não consumiram soja. Detalhes: essas garotas entraram em contato com a leguminosa nos primeiros meses de vida por meio de fórmulas infantis.

“Não é à toa que a suplementação à base de soja é indicada para mulheres na menopausa, quando a taxa desse hormônio entra em queda e é necessário recorrer à reposição. A soja tem interferências em nosso metabolismo endocrinológico”, esclarece a médica.

 

A idade da primeira menstruação caiu nos últimos tempos. Nos anos 70, as meninas iniciavam a menarca, como é chamada pelos médicos, entre 13 e 15 anos. Hoje não passa dos 12 anos.Apesar de não haver razões científicas comprovadas para esse adiantamento, há outras hipóteses que explicam, como a obesidade infantil e a cultura que estimula a sexualidade precoce.

 

De acordo com a especialista, quando o ciclo menstrual chega antes, a maturação dos ossos ocorre de maneira acelerada e as meninas crescem menos. “Além disso, há também o peso do fator emocional, já que sendo muito jovens, essas crianças não conseguem lidar bem com o fato”, afirma.

Sabe-se também que muitas meninas desenvolvem a puberdade precoce, ficando “mocinha” entre 5 e 8 anos. Nesses casos, há maneiras de retardar o processo com uso de hormônios.

 

Esses produtos de soja também não contêm a mesma quantidade de cálcio que o leite de vaca, como muitos pensam. Enquanto 1 copo de 200 ml do derivado animal possui 246 mg do mineral, a mesmo quantidade do leite de soja apresenta 80 mg de cálcio.

Crianças de 1 a 8 anos devem ingerir 3 copos de leite de vaca por dia – a quantidade representa entre 80% e 100% das necessidades diárias do mineral para faixa etária. Já os adolescentes teriam de beber pelo menos cinco copos de leite por dia ou outros laticínios.

 

“O cálcio é fundamental para o desenvolvimento de ossos, prevenção da osteoporose e formação de dentes. Se não ingerir quantidade suficiente do mineral, as crianças e os adolescentes podem desenvolver deficiências prejudiciais ao próprio desenvolvimento”, alerta a Dra. Izaura.

Redação Vida Equilíbrio

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