Gravidez em diabéticas requer constante atenção

A gravidez é um estágio natural da vida para a maioria das mulheres, porém, quando se tem diabetes essa é uma escolha que requer muitos cuidados e planejamento para vencer a doença e ter uma gestação sem riscos para a mãe e o bebê. No mundo todo existem mais de 360 milhões de portadores de diabetes, e a doença já é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 6% das mulheres são portadoras do diabetes*.

É natural que a mulher diabética tenha medo de engravidar

“A mulher com diabetes que deseje engravidar deve planejar a gestação e estar com controle glicêmico adequado pré-gestacional. Durante a gestação a paciente deverá ter um acompanhamento ainda maior do obstetra e do endocrinologista, pois além das mudanças naturais do período, irão ocorrer variações importantes nas doses de insulina de mês para mês, além das mudanças de metas de glicemia. Esse controle rigoroso, com o aumento no número de glicemias capilares realizadas, visa diminuir os riscos de complicações materno-fetais”, explica a Dra. Denise Franco, Coordenadora do Departamento de Educação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Durante a gestação, também será necessário acompanhar de perto o fundo de olho e a função renal da gestante.”

No caso do diabetes tipo 2, é comum o tratamento com medicamentos orais, porém durante a gestação essas medicações, geralmente são substituídas pela insulina, o que permite um controle muito mais rigoroso da glicemia, “O ajuste das doses de insulina mais frequentes e as metas glicêmicas mais rígidas podem predispor a um risco maior de hipoglicemia o que deve ser evitado durante a gestação”, alerta a médica.
Uma alternativa segura para essas futuras mamães é o uso da bomba de insulina. Um dispositivo que envia micro doses de insulina continuamente ao organismo, 24 horas por dia, conforme uma programação feita pelo médico. Embora ainda pouco conhecida no Brasil, nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 500 mil pessoas já fazem uso dessa tecnologia**. Na bomba de insulina pode ser acoplada a monitorização contínua de glicose e fazer a medição do açúcar a cada 5 minutos, gerando gráficos de tendência e ajudando a evitar as grandes variações da glicemia. “O sistema de infusão contínuo de insulina com a monitorização da glicose atua facilitando a vida da gestante nesse período de tantas mudanças”, afirma a especialista.

A recifense Alessandra Carneiro de 31 anos sofre com a diabetes tipo I há cerca de 20 anos e durante a gestação, seus médicos indicaram a utilização da bomba de insulina Paradigm, da Medtronic, sobre o uso do aparelho ela afirma: “Sou diabética desde os onze anos e nunca tive a qualidade de vida que estou tendo agora, mesmo com o nascimento do Matheus, já me sinto tão adaptada à Bomba que não consigo mais me imaginar vivendo sem ela.”
Só o médico poderá dizer o tratamento adequado para a gestante diabética durante a gravidez. O importante é a gestante se informar de todos os tratamentos possíveis e buscar aquele que se adapta melhor a seu estilo de vida. “É completamente possível ter uma gravidez tranquila apesar do diabetes”, finaliza a Dra. Denise.

*Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2012.
**Dados da Medtronic Inc.

Redação Vida Equilíbrio

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