Ingestão de gorduras essenciais entre crianças é 40% menor do que a recomendada

O consumo de gorduras essenciais, poliinsaturadas ômegas 3 e 6, por crianças mundialmente não atinge a ingestão diária recomendada desses nutrientes. Apesar de não existirem dados de abrangência nacional no Brasil, pesquisas realizadas em vários países sugerem que o tema merece atenção. Em alguns casos, o consumo dessas gorduras é 40% menor do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto o consumo das gorduras saturadas, que elevam o colesterol sanguíneo, é 60% maior que o ideal. Isso é preocupante, visto que o colesterol elevado aumenta o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta.

Reduzir a ingestão de gorduras saturados e substituí-los pelas gorduras essenciais poliinsaturadas ômegas 3 e 6 é essencial não só para o crescimento e desenvolvimento saudáveis, mas para a proteção da saúde cardiovascular, reduzindo, a longo prazo, o risco de doenças crônicas.

Tais dados foram apresentados durante o simpósio “The Essential Fats for Future Health” (“Gorduras Essenciais para a Saúde Futura”), recém realizado pela divisão global de Nutrição da Unilever, na cidade de Vlaardingen, na Holanda, que reuniu especialistas de todo o mundo para discutir o papel dos ácidos graxos na alimentação.

“O preocupante é que estudos mostram que crianças com níveis elevados de colesterol têm grande propensão a ter altos níveis de colesterol também quando adultas, aumentando o risco de aterosclerose (espessamento das paredes das artérias) e subseqüente doença cardiovascular”, explica o diretor científico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Dr. Marcelo Bertolami, que participou do encontro. “É preciso focar não só na quantidade da gordura ingerida pelas crianças, mas também na qualidade. A partir dos dois anos de idade, já devemos nos atentar para a substituição da gordura saturada pelas poliinsaturadas ômega 3 e 6”, complementa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que entre 5% e 8 % do total de calorias ingeridas deve ser proveniente do ômega 6 (ácido linoléico), e entre 1% a 2 % das calorias deve provir do ômega 3 (ácido alfa-linolênico). Esse tipo de gordura, além de ser encontrada em peixes, está também presente em óleos vegetais e seus derivados, como margarinas e maioneses. As gorduras saturadas, por outro lado, são encontradas principalmente em produtos de origem animal, como derivados de leite integral em geral, manteiga, queijos e requeijão.

“Uma simples substituição desses produtos de origem animal por margarina ou maionese, no pão no café da manhã ou nos lanches, já teria grande impacto na dieta para proporcionar uma mudança relevante na saúde futura das crianças”, destaca a gerente de nutrição da Unilever Brasil, Renata Cassar.

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