Lutas exigem mais atenção com alimentação do que academia

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Foto: Corbis

O UFC (Ultimate Fighting Championship), principal evento de MMA do mundo, caiu no gosto dos brasileiros. O esporte vem se multiplicando com rapidez e é cada vez mais comum encontrar praticantes de Jiu Jitsu Boxe, Muay Thai e também de MMA.

Segundo o nutricionista, profissional de educação física e mestre e doutor em fisiologia humana, Ricardo Zanuto, lutas, no entanto, exigem mais atenção com a alimentação do que a academia. “A musculação foca a força e a hipertrofia muscular. Já a luta é um exercício que, além da força, há outras capacidades físicas envolvidas, como a de resistência e características aeróbias no treinamento”, diz.

Zanuto explica que o lutador, de forma geral, apresenta um gasto energético muito alto e a alimentação convencional muitas vezes não consegue suprir essa demanda de energia. Dessa forma, o suplemento alimentar é a alternativa para fornecer a quantidade exata de nutrientes.

“Há grande queima de carboidratos no treino e a necessidade de proteína para recuperação muscular depois. São indicados creatina, glutamina, suplemento de proteína e, em alguns casos, até hipercalóricos ou estimulantes cafeinados, entre outros”.

Outra dica para quem treina assiduamente é investir em alimentos que contenham antioxidantes, principalmente, fontes de vitaminas C e E e minerais, como zinco e selênio, além de ômega 3. “Frutas vermelhas, peixes do mar e água profunda, castanhas do Pará, amêndoas são essenciais para combater a quantidade de radicais livres que aumentam no corpo devido ao stress físico.”, acrescenta.

Controlar o peso é um desafio para muitos lutadores, mas isso também deve ser feito com cautela. “É importante o atleta manter seu peso ao longo do período de treinamento. A excessiva perda de água às vésperas pode levar a uma sobrecarga renal e hepática, aumentar a pressão arterial, induzir a câimbras severas e até mesmo ao estado de coma”, alerta.

Orientação

Antes do treino: Alimentos fonte de carboidratos: Pães integrais, massas integrais, arroz integral, frutas de baixo índice glicêmico (maça, pêra, pêssego, entre outras).
Durante o treino: Suplementos com carboidratos de alto índice glicêmico, como waximaize.

Após o treino: Alimentos fonte de carboidratos (todos acima) + proteínas magras, como peito de peru light; peito de frango, peixe grelhado magro (linguado, robalo, abadejo, tilápia), queijo cottage, entre outras opções.

Mulheres

No caso das mulheres, Zanuto ressalta que é importante controlar bem de perto a quantidade de proteína ingerida e o sódio da dieta, pois devido aos estrogênios (hormônios femininos), elas apresentam uma tendência maior em reter água. Além disso, apresenta menor quantidade de massa magra e maior de gordura. Por isso, a suplementação deve ser equacionada exatamente para seu gasto energético. “O público feminino tem se interessado pelas lutas e, muitas vezes, não se preocupa tanto com a alimentação e a suplementação como os homens. Elas também devem estar atentas”, finaliza.

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