Mulheres cuidam pouco da saúde do coração

mulherOs números são alarmantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, o equivalente a cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano, mais de 23 mil por dia. Esse índice mostra que, embora as mulheres já tenham se conscientizado sobre a importância da realização de exames para a prevenção de doenças ginecológicas e câncer de mama, por exemplo, ainda cuidam pouco da saúde do coração.

“A primeira visita ao especialista deve acontecer aos 30 anos. Quem tem familiares com problemas cardíacos, deve procurar avaliação antes. Durante a primeira consulta, o médico vai aferir a pressão sanguínea e solicitar a realização de exames laboratoriais e de um eletrocardiograma”, explica o cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Humberto Freitas.

Os resultados dos exames vão ajudar o médico a avaliar a saúde do coração. “Um dos principais sinais de que algo pode estar errado é o colesterol. O bom, HDL, deve estar acima de 40 mg/dl. O mau, LDL, abaixo de 130 mg/dl. A pressão arterial não deve passar de 12 por 8 e o eletrocardiograma não deve mostrar alterações no batimento cardíaco”, esclarece.

De acordo com o especialista, os principais fatores que prejudicam o bom funcionamento do coração e, consequentemente, alteram os resultados dos exames são a má alimentação, estresse, fumo e sedentarismo, além de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. “As mulheres ainda contam com o agravante da menopausa. O estrogênio, hormônio fabricado durante a fase reprodutiva, que vai dos 12 aos 45 anos, normalmente, ajuda a proteger os vasos sanguíneos e a controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos. Na menopausa, a fabricação do hormônio diminui, fazendo com que o coração perca uma proteção natural e fique mais sujeito ao infarto”, alerta.

A longa exposição do órgão a esses fatores de risco pode ocasionar um infarto agudo do miocárdio. Geralmente, o problema é fatal. “Isso acontece porque as mulheres têm uma tendência a desenvolver problemas nas artérias coronárias, como a dissecção arterial coronária espontânea, que pode estar associada à gravidez e uso de anticoncepcionais”, revela.

Por isso, reforça o médico, ao sentir os sintomas do infarto, como uma dor repentina na boca do estômago, peito ou nas costas, é preciso ficar alerta. “O tempo é fundamental para a preservação da vida. Na dúvida, é melhor ligar para o SAMU ou seguir diretamente para o hospital. Ao chegar à emergência, será realizado o monitoramento cardíaco e um eletrocardiograma para verificar se há alguma alteração no coração. Caso seja confirmado, serão tomadas as devidas providências, de acordo com o caso. Entre os principais procedimentos, estão: medicação, cirurgia, como a angioplastia comstent para desobstruir a artéria, e internação”, detalha.

Segundo Freitas, depois de um infarto, alguns cuidados devem ser tomados por toda a vida. “É preciso ter uma alimentação saudável, praticar exercício físico leve, como caminhada, evitar esforços, emoções fortes e tomar os remédios receitados pelo cardiologista diariamente. Seguindo as recomendações médicas, é possível viver bem, por muitos anos”, finaliza.

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