Um em cada três adultos que tem artrite também tem ansiedade ou depressão

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Foto: Corbis

De acordo com um artigo recente, publicado no Arthritis Care & Research, um terço dos adultos americanos com artrite, com mais de 45 anos de idade, relata ter ansiedade ou depressão. O trabalho destaca que a ansiedade é quase duas vezes mais comum que a depressão entre os pacientes artríticos.

“Os resultados do estudo são muito interessantes, pois, geralmente, costumamos associar a artrite a uma condição que pode ter consequências incapacitantes, sem levar em conta suas conseqüências emocionais, que também podem ser muito profundas”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

No novo estudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 1.700 adultos, com 45 anos ou mais, que tinham sido diagnosticados com artrite ou outras doenças reumáticas: estas condições incluíam também a osteoartrose. Os participantes receberam questionários para determinar o seu bem estar emocional. Mais de um terço disse que tinha pelo menos uma das duas condições de saúde mental pesquisadas: ansiedade ou depressão.

A ansiedade foi a condição mais assinalada entre os participantes do estudo, o que para os pesquisadores, foi algo inesperado, porque grande parte das pesquisas anteriores estabeleciam ligações entre dor crônica e depressão. “A relação entre ansiedade, depressão e dor crônica é complexa. Estas forças atuam tanto de forma independente, como sinergicamente, como um fator de risco uma para outra. Muitos médicos e pesquisadores podem se concentrar sobre a relação entre artrite e depressão, em parte, porque, muitas vezes, pensam que a ansiedade simplesmente acompanha a depressão”, diz Sergio Lanzotti.

O que provoca a ansiedade?

Segundo o diretor do Iredo, “quando as pessoas começam a conviver com a artrite deparam-se com as possíveis limitações que a doença impõe. Estas limitações podem afetar a vida pessoal e a vida profissional, e isto pode causar muito sofrimento físico e mental”, observa o médico.

“Além das limitações, muitos pacientes com artrite podem se mostrar hesitantes para fazer um exercício físico ou simplesmente em sair e fazer suas coisas na rua, o que pode contribuir para um sentimento geral de ansiedade, assim como para sentimentos de depressão”, explica o diretor do Iredo.

Pacientes que convivem com uma condição crônica, como a artrite, podem ficar assustados com a doença, “assustados com a ideia de parecerem aleijados” e de não serem capazes de fazer as coisas. Podem surgir problemas em diversas esferas da vida: casamento, empregos, relações sociais. “Independentemente de saber se o que têm é depressão, ansiedade ou ambos, muitos pacientes que sofrem com a artrite podem não buscar ajuda apropriada para os efeitos psicológicos da doença”, explica Sergio Lanzotti.

Fato comprovado pela pesquisa: mais de metade dos participantes que alegaram ter ansiedade ou depressão não tinham buscado ajuda para estes problemas. “O que revela que precisamos tratar a artrite de uma maneira mais ampla, abrangendo todos os aspectos da vida do paciente”, diz o diretor do Iredo.

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