Comida não é recompensa

Você já usou com seu filho aquela frase: “Só ganha sobremesa se raspar o prato” ou “Quem arrumar o quarto ganha uma barra de chocolate”. Pois é, atire a primeira pedra quem nunca tentou recompensar o filho com alguma guloseima. Um erro grave, segundo a pediatra Natasha Penido Mascarenha, especializada em obesidade.

“Os pais é que vão determinar como os filhos se relacionam com a comida. Correlações equivocadas podem gerar hábitos ruins”, ressalta Mascarenhas. A médica admite que a alimentação é uma das grandes preocupações das mães e que diariamente ouve no consultório a frase “Doutora, meu filho não come”. Mas como saber se esse ‘não comer’ é algo preocupante? Como não se preocupar tanto a ponto de usar a comida como moeda de troca?

Natasha explica que até 1 ano o crescimento ocorre em ritmo acelerado e que após esse período há uma desaceleração que pode interferir no apetite da criança. “Uma boa forma de avaliar se a alimentação está adequada é acompanhar o gráfico de crescimento, que mostra se o peso e altura da criança estão adequados à idade. Se a criança continuar progredindo na curva, conforme esperado, ela provavelmente está comendo o suficiente para se desenvolver”, garante a especialista. “Mas se ela começar a apresentar uma redução da velocidade de crescimento pode ser que a alimentação não esteja suprindo as suas necessidades”, completa, lembrando que a perda de peso ou apetite também pode indicar a existência de alguma doença.

Mas como não cair na armadilha de negociar aquele legume ou verdura que a criança torce o nariz com a sobremesa? A psicóloga Adriana Manzano recomenda que os pais expliquem a importância de determinado alimento, associando a sua ingestão a recompensas verdadeiras, tais como crescer forte, ter unhas e cabelos bonitos, pele viçosa ou ficar mais inteligente! “Se a substituição for inevitável, outros ‘presentes’ podem entrar no lugar da comida, como um dia de manicure, um livro, uma hora de vídeo game, 15 minutos a mais na cama antes de acordar para ir à escola. Isso pode até se tornar uma grande brincadeira entre pais e filhos”, sugere Manzano.

Redação Vida Equilíbrio

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