Distúrbio do sono na infância traz prejuízos na fase adulta

bebê dormindo

Foto: SXC

Deitar sempre em um mesmo horário, falar pouco e não se agitar durante a noite, não ter pesadelos, dormir o número de horas suficiente para cada idade, acordar sozinho, recuperado e bem disposto para um dia de mais atividades. Será que todas as crianças conseguem isso? Parece até um sonho, não é mesmo? De acordo com o médico pediatra e homeopata Dr. Yechiel Moises Chencinski, sempre que houver uma alteração nessa dinâmica, o resultado pode não ser satisfatório. Começar um dia após uma noite mal dormida ou mesmo em claro costuma trazer problemas.

“Não só para a criança, mas para todos nós, um dia produtivo só pode começar após uma boa noite de sono”, afirma o médico. “Nossas ‘baterias’, muito exigidas durante nosso período de atividade, são recarregadas durante a noite e, para isso, é fundamental que esse período seja vivenciado com uma diminuição da atividade metabólica. Assim, podemos carregar nossas baterias sem gastá-las ao mesmo tempo”.

Para o Dr. Moises, competitividade, cobranças, obrigações, muitas atividades extracurriculares, ambiente familiar conturbado ou até mesmo doenças próprias da infância – como febres e resfriados, por exemplo -, são fatores que podem interferir no sono das crianças. “Naquelas um pouco maiores, distúrbios emocionais, inclusive ansiedade e depressão – que são mais comuns do que se imagina – também podem interferir no adormecer e na qualidade do sono”, salienta.

Não há como medir o tamanho dos prejuízos. Os problemas vão desde queda de atenção e rendimento escolar, alterações na alimentação, no humor, até danos ao desenvolvimento – isso porque o GH (hormônio do crescimento) tem maior liberação na fase do sono. “Se a criança tem dificuldades à noite, essa liberação pode ser prejudicada”, explica o especialista. Ele aponta que os distúrbios podem aparecer na infância e se manter na fase adulta. Insônia, distúrbio de atenção, mudanças de humor e outras alterações como obesidade, por exemplo, podem ter origem na infância.

Como tratar crianças com distúrbios do sono

“O ideal não é tratar as crianças com problemas, mas sim criar condições para que essas crianças consigam ter um ritmo e uma rotina adequados para a idade”, comenta o Dr. Moises. “As rotinas devem ser estabelecidas desde os primeiros meses de idade, com limites tanto nos horários para ir para cama à noite quanto para acordar de manhã”, confirma.

No caso de crianças, é comum a indicação de medicamentos homeopáticos ou fitoterápicos para o tratamento de distúrbios do sono, estresse e ansiedade em crianças, pois são de fácil acesso e não apresentam contraindicações nem efeitos colaterais.

Você sabe quantas horas as crianças devem dormir por dia?

Recém-nascido
16 a 18 horas por dia

2 a 6 meses
14 a 16 horas por dia (5 horas dessas, de sono diurno)

6 a 12 meses
12 a 14 horas por dia (3 horas dessas, de sono diurno)

1 a 6 anos
10 a 12 horas por noite

Até os 2 anos
2 sonos diurnos de 1 hora cada

Dos 2 aos 3 anos
1 sonos diário de 1 hora

Acima dos 3 anos
Não há necessidade de sono diurno

Acima de 6 anos
8 a 10 horas por noite

Adolescentes
8 a 9 horas por noite

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