Uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde promovido com pacientes hipertensos atendidos no hospital estadual Dante Pazzanese, referência nacional em cardiologia, aponta que 93% deles simplesmente desconhecem a diferença entre sal e sódio.
O estudo, realizado em março deste ano, ouviu 1.294 pacientes. Desse total, 75% disseram que não costumam ler os rótulos dos alimentos, que informam a quantidade de sódio do produto. Entre os que lêem os rótulos dos alimentos, 19% consomem alimentos embutidos, como lingüiças e salsichas (com altos teores de sódio) pelo menos uma vez por semana. Outros 18% consomem alimentos enlatados ou envidrados e 17% consomem queijos salgados uma vez por semana, no mínimo.
Ainda segundo o estudo, 10% dos pacientes que sabem a diferença entre sal e sódio utilizam saleiro na mesa durante as refeições.
O sal de cozinha é constituído por dois componentes, sódio e cloreto. Mas é o sódio presente no sal que pode ocasionar problemas de saúde quando consumido em excesso.
“Se há um número grande de pacientes hipertensos que deveriam ter essa preocupação e não têm, o desconhecimento será pior ainda no restante da população”, afirma o médico nutrólogo Daniel Magnoni, do Ambulatório de Nutrição Clínica do Dante Pazzanese. “Os pacientes que não controlam o consumo de sódio possuem mais chances de sofrer derrames e problemas cardíacos, têm que fazer uso de mais medicamentos e apresentam dificuldade para controlar a hipertensão”, observa o médico.
O consumo ideal diário de sal de cozinha é de até 6g, que representa 2,4g de sódio.