Pesquisa mundial revela que mães desconhecem riscos de saúde ligados ao nascimento prematuro

Pesquisa realizada em 19 países, incluindo o Brasil, pela PSL Research (agência de pesquisas sobre o mercado de saúde), revela que mais da metade das mães de bebês prematuros não possuem (buscam ou recebem de seus médicos) informações sobre os potenciais riscos de saúde associados ao nascimento pré-termo (aqueles cujo período de gestação foi inferior a 37 semanas). A pesquisa traz ainda os impactos emocionais em pais e mães relacionados à prematuridade de seus filhos.

O estudo abrangeu 1949 pessoas – entre gestantes, pais e mães de prematuros e de bebês a termo (que completaram toda a gestação – 37 a 41 semanas) – do Brasil, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Holanda, Hungria, Irlanda, Suécia, Arábia Saudita, Japão, China, Taiwan, Rússia, Coréia do Sul, México, Colômbia e Argentina. A pesquisa, que foi Endossada pela Fundação Europeia para o Cuidado de Criança Prematura (EFCNI), revelou aspectos emocionais dessas mães. Comparadas às mães de crianças a termo, aquelas que geraram bebês prematuros possuem maior sentimento de culpa, medo, sintomas depressivos e ansiedade de perder o bebê, afora outras aflições psicológicas. Elas ainda apresentaram maior dificuldade em se conectar com seus filhos (40%) devido à precoce separação do bebê enquanto está em unidade hospitalar neonatal.

Cenário de desinformação

Os dados coletados na pesquisa do Dia Mundial da Prematuridade demonstram que 50% das mães de prematuros desconheciam que o nascimento pré-termo era fator de risco potencial para infecção respiratória. Outro dado alarmante foi a constatação de que apenas 41% das mães de prematuros considerou que irmãos em idade escolar representavam possível perigo para o bebê, assim como ter mais de quatro residentes e visitantes em casa. Esse último item foi reconhecido por somente 26% das genitoras.

Mães de bebês prematuros apreciariam fontes interativas online (como blogs) de outros pais como meio de apoio a questões relacionadas ao nascimento pré-termo. Quatro em cada dez mães identificaram a mídia social como um meio de apoio para lidar com questões relacionadas ao nascimento pré-termo.

Esse cenário de desinformação vai ao encontro de outro apontamento da pesquisa. Apenas 49% das mães de prematuros buscaram ou receberam informações de seus médicos sobre formas de prevenção contra infecções respiratórias em seus bebês. E 54% delas expressou que gostaria de ter tido mais informações acerca dessas e outras complicações de saúde, na ocasião da alta do hospital.

“Devido aos pulmões e sistema imunológico pouco desenvolvidos, os bebês prematuros tem alto de risco de infecção respiratória como pelo vírus sincicial respiratório (VSR). É importante que profissionais da saúde assegurem que os pais estejam cientes dos fatores de risco da infecção respiratória”, afirmou o Dr. Xavier Carbonell-Estrany, Presidente da Associação Mundial de Medicina Perinatal. A diretora executiva do Conselho de Enfermeiras Neonatais Internacionais (COINN), Carole Kenner, ainda ressalta que “profissionais de saúde auxiliando mães de bebês prematuros no hospital e na comunidade têm um papel a desempenhar ao educá-las sobre as maneiras como podem ajudar a evitar infecção respiratória em seus bebês. Eles podem lembrar as mães sobre a importância de lavar as mãos frequentemente, manter o bebê em um ambiente livre de fumo e evitar amigos e parentes que possam ter uma infecção respiratória”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano estima-se que 15 milhões de bebês no mundo todo tenham nascimento prematuro (11,1% de todos os nascimentos no mundo todo).

Redação Vida Equilíbrio

 

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