Queda em idosos: estimular a prevenção é o melhor caminho
Recentemente, o ator Elias Gleizer, de 81 anos, se desequilibrou em uma escada rolante, sofreu uma queda e fraturou cinco costelas. O quadro se agravou e o artista faleceu devido a complicações respiratórias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os números de lesões causadas por quedas será 100% mais alto em 2030, caso não sejam tomadas medidas preventivas. A população deve ser conscientizada sobre os diversos tratamentos que podem melhorar o equilíbrio e evitar as quedas.
Para a fisioterapeuta da Casa de Repouso Villa Bela Vista e especialista em Gerontologia e Ortopedia, Caroline Gomes Ferreira, a queda é um evento marcante na vida do idoso e traz diversas consequências e a maior parte de suas causas é passível de intervenção. “A prescrição de exercícios de força muscular, amplitude de movimento, treino de equilíbrio e marcha, com incremento de acordo com o desempenho do idoso, visa atingir objetivos específicos relacionados ao controle motor, à mobilidade e à funcionalidade global de cada indivíduo. Antecipar-se diante das alterações que o idoso poderá apresentar em decorrência do processo de envelhecimento ou ainda das doenças concomitantes, torna-se fundamental na prevenção dessas consequências”.
Com o aumento da expectativa de vida, as quedas têm se tornado cada vez mais frequentes nessa faixa etária. As principais queixas das pessoas idosas, de uma maneira geral, são o medo de cair novamente, da hospitalização, de fraturas e de perder a independência nas atividades diárias.
“Os principais estudos dizem que a melhor maneira de prevenir a queda é a associação de diferentes condutas juntamente com a equipe multidisciplinar. Exercícios de equilíbrio e força muscular, mudanças ambientais, orientações gerais, incluindo intervenção comportamental, revisão de medicação e reposição de vitamina D (quando o idoso apresenta déficit dessa vitamina), são métodos usualmente adotados“, conclui a especialista.